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Especialista ensina a equilibrar gastos e a utilizar o 13º

por Luciane Modena

Ajustar as finanças ainda é possível no fim de ano

Ainda dá tempo de organizar as finanças para passar bem o fim de ano e o começo de 2016. É isso que defende o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). Conforme ele, o primeiro impulso a ser evitado é gastar sem planejamento o 13º salário. “Isso vai de encontro com a ideia do benefício, que era justamente dar um dinheiro a mais ao trabalhador”, explica.

O orientador ensina como quitar dívidas, presentear, aproveitar as festas e férias sem comprometer despesas. A primeira dica é evitar compras por impulso. “Os consumidores devem se fazer algumas perguntas antes de comprar: estou comprando por necessidade real ou por carência e baixa autoestima? Se não comprar isso hoje, o que acontecerá?”, sugere. Também é preciso pensar se é possível comprar à vista, ou se, a prazo, haverá dinheiro para as parcelas.

Para planejar o fim de ano, é preciso listar os ganhos do período (rendas e ganhos como 13º, bonificações e férias) e as despesas (fixas e variáveis). De posse desses dados, é a hora de avaliar a situação financeira e verificar se há margem para novos gastos ou se há pendências financeiras. “Os excessos representam 30% das despesas das famílias brasileiras”, aponta o especialista.

“Avaliar quanto poderá reservar para comprar presentes e artigos de festa, preferencialmente à vista, é essencial. Da mesma forma, deve-se evitar a todo custo entrar no cheque especial e pagar a parcela mínima do cartão de crédito. É importante reservar parte de 13º para as despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. Cuidado ao parcelar viagens. Será que vale a pena passar dificuldades o ano todo por alguns dias de diversão? Será que uma viagem mais barata e dentro do orçamento não trará satisfação?”, indica Domingos.

 

Planejamento financeiro

Conforme Domingos, com a crise financeira que pode se prolongar, é fundamental evitar parcelamentos nas compras de fim de ano. Os rendimentos extras, típicos do período, não persistirão pelo ano seguinte. “Se o parcelamento for inevitável, faça uma planilha em que o valor já comprometido esteja previsto nos meses correspondentes. Sem esse controle, é certo o acúmulo de dívidas e o risco de inadimplência”, alerta o educador.

 

Dicas com presentes

- Antes de comprar é preciso saber quem presentear, fazendo uma lista para que não esquecer alguém

- Descobrir o que a pessoa que você irá presentear realmente está precisando

- Evitar produtos caros, analisando caso a caso e priorizando pessoas mais próximas

- Caso não tenha dinheiro, é preciso conversar com as pessoas e mostrar o problema, lembrando que não é o presente que fará a diferença

- Comprar com antecedência e pesquisar

- Se for possível, deixar algumas compras para depois do Natal, aproveitando as grandes liquidações

- Lembrar, acima de tudo, que o Natal é uma data importante e não deve ser interpretada como mera data comercial

 

Dicas para a ceia

- Fazer a ceia natalina em conjunto com familiares e amigos, assim todos conseguirão economizar

- Não deixar para a última hora a compra de produtos

- Trocar produtos caros e importados por nacionais e mais baratos

- Evitar excessos. Seu congelador ficará superlotado, e, depois de um tempo, a família não aguentará comer as sobras

- Será que é necessário comprar roupas novas para esta ocasião?

- Caso queira comemorar com fogos de artifício, lembrar que estes produtos são caros e perigosos

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