Entidades do comércio e empresariais manifestam apreensão com manutenção da bandeira vermelha
Sindilojas, CDL e CIC reivindicam revisão no modelo de Distanciamento Controlado
As lideranças de entidades do comércio e empresariais de Caxias do Sul lamentaram a permanência da Serra Gaúcha na bandeira vermelha do Distanciamento Controlado. A confirmação foi feita pelo governador Eduardo Leite na tarde desta segunda-feira (20). O Sindicato dos Dirigentes Lojistas (Sindilojas), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) divulgaram nota afirmado que a medida resultará em mais prejuízos para o setor.
Segundo a CDL, um cálculo baseado nos números de arrecadação de ICMS estima que o comércio caxiense deixará de faturar R$ 3,3 milhões por dia na bandeira vermelha, representando uma queda de 53% nas vendas do setor, devido a suspensão dos atendimentos presenciais dos estabelecimentos não essenciais. O presidente da CDL Caxias, Renato Corso, ainda criticou o Poder Público quanto à liberação do retorno do futebol profissional: “Enquanto algumas atividades estão sendo retomadas, como é o caso do futebol, estabelecimentos que atendem poucas pessoas por dia não podem receber consumidores ou ainda o caso de centenas de profissionais de eventos, que não podem trabalhar, nem realizar atividades para até 30 pessoas, por exemplo. Perdeu-se a lógica do distanciamento”.
Para a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, o comércio da cidade tem respeitado os protocolos como a exigência do uso da máscara e o fornecimento do álcool em gel. Ela ainda afirmou que os cuidados reforçam o argumento de que o comércio oferece segurança aos clientes para manter as portas abertas, independente da bandeira vigente: “Estamos buscando, com o respaldo da Fecomércio, o direito de atender os nossos clientes com 100% de funcionários para a bandeira amarela, 75% na laranja, 50% na vermelha e até 25% na preta. Essa é uma saída coerente para que possamos manter os postos de trabalho. Precisamos buscar um equilíbrio entre a saúde e a economia”, propõe.
O presidente da CIC, Ivanir Gasparin, disse por meio de nota que as empresas estão tendo dificuldade para manter as atividades e os empregos devido à falta de previsibilidade. “As empresas já não têm mais como suportar as consequências deste modelo. É preciso encontrar meios de preservar a saúde pública sem comprometer a economia. A falta de previsibilidade afeta os negócios e enfraquece a capacidade de as empresas manterem as vendas e, consequentemente, os empregos”, argumentou.
As entidades também enviaram ao governador Eduardo Leite, uma solicitação para que seja feita a revisão do modelo do Distanciamento Controlado para que os municípios tenham maior autonomia na decisão de adoção dos protocolos.
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