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Safe Investimentos repercute estudo que mostra comportamento histórico da bolsa de valores em anos eleitorais

por Beverli Rocha

Pesquisa realizada pela XP analisou as últimas cinco disputas presidenciais

Cerca de 60% do total de investimentos sob a custódia da Safe Investimentos são de renda variável
Foto: Clara Stedile

 

A XP Investimentos, considerada a maior corretora da América Latina, analisou os efeitos das eleições presidenciais nas ações do mercado brasileiro nos últimos 20 anos. O estudo repercutido pela Safe Investimentos, que é credenciada à XP e foi fundada em 2009, mostra a evolução da volatilidade à medida que em que as votações se aproximam, reduzindo após a definição de cada turno.            

A retomada de crescimento da valorização das ações foi identificada no estudo a partir do terceiro mês após o segundo turno da eleição, alcançando em seis meses um crescimento de 12,2% e de quase 30% em 12 meses. A análise é feita nos 252 dias úteis que antecedem a disputa e termina em 252 dias úteis depois da decisão do segundo turno. O período compreende as últimas cinco eleições nacionais, ocorridas em 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.     

A economista Karen Focchesatto, head Operacional da Safe Investimentos, observa que no estudo, no mês da eleição, entre o primeiro e o segundo turno, a volatilidade aumenta na Ibovespa, mas, imediatamente a partir da definição do segundo turno, ela vai baixando gradativamente.

“Neste período de eleições, a pesquisa mostrou que é possível encontrar oportunidades por conta dessa instabilidade, pois na média histórica, após a definição eleitoral, o mercado sobe. Mas existe a possibilidade de fazer operações para ganhar tanto na alta quanto na queda. Ou seja, é possível se posicionar conforme sua expectativa e buscar boas rentabilidades nos períodos seguintes”, explica a especialista da Safe Investimentos, que tem escritórios nas cidades gaúchas de Caxias do Sul, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul e na catarinense Chapecó.      

Na análise da XP, o setor de Energia, que representa 14,1% da Ibovespa, é o mais volátil, devido, principalmente, a estatal Petrobras e sua sensibilidade ao risco político. Elétricas e Saneamento tendem a ter a menor volatilidade historicamente, e, até agora, em 2022 esse comportamento persiste. Nos últimos 6 meses, o setor tem apresentado retornos superiores à média de 2002-2018.  

“Na Safe, não sentimos a redução na busca da renda variável. Pelo contrário, estamos identificando um aumento no interesse dos investidores por informações, mesmo que com mais cautela na hora de aplicar”, revela Karen.               
 

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