Guaporé pode abrigar projeto pioneiro no Rio Grande do Sul
Consórcio formado por empresa Alemã e Espanhola estuda investimento de € 35 milhões para implantar usina de reciclagem
Foto: Ilustração
O município de Guaporé poderá, em um futuro não tão distante, abrigar um projeto pioneiro de reciclagem alternativa de lixo aos aterros sanitários na Serra Gaúcha. As empresas Ecohispanica (Espanha) e AXT & Rahn (Alemanha), com seus representantes, estarão expondo aos prefeitos e secretários municipais de meio ambiente integrantes da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (AMESNE) e outras regiões como Lajeado, Marau e Passo Fundo, a proposta de um modelo de produção de adubo orgânico e biomassa a partir dos resíduos sólidos gerados pelos seus munícipes e que irão se transformar em energia. Vão estar na Casa da Cultura nesta sexta-feira, dia 18, às 14 horas, o presidente da Ecohispanica Carlos Luis Alonso Garcia, o sócio da AXT Alejandro Rahn, o delegado de expansão internacional da Eco Jorge Nosti, o delegado comercial da Eco Farid Murad e o delegado comercial no Brasil da Eco Orlei E. Paganella Soares.
A reunião, segundo o Prefeito Paulo Mazutti, servirá para que os gestores municipais possam analisar a proposta. Todo o investimento para a instalação da planta sairia da Ecohispanica (Espanha) – que detém a tecnologia e faria a gestão do negócio – e dos cofres das empresas AXT & Rahn – que entraria com os recursos financeiros. Guaporé, que tem interesse em abrigar a usina de reciclagem alternativa aos aterros sanitários, entraria com a área de terras para a edificação do empreendimento. A localização geográfica e a logística da cidade são favoráveis para que os municípios em um raio de 100 quilômetros possam encaminhar os resíduos para serem transformados em biomassa e adubo orgânico.
“As empresas tem uma tecnologia muito avançada de reciclagem alternativa de resíduos e sua transformação em biomassa e energia na Europa. É um investimento que supera os € 35 milhões. É um sonho que se poderá se transformar em realidade. A reunião no município não nos dá certeza do investimento aqui, mas nós nos colocamos a frente como sociedade (Poder Executivo e empresariado) para o recebimento deste empreendimento em Guaporé”, disse Mazutti.
Orlei Soares, representante da Ecohispanica no Brasil, salientou que a geração mínima diária de resíduos para viabilizar a operação da usina é de aproximadamente 100 toneladas. A usina poderia gerar, segundo o Chefe do Executivo Municipal de Guaporé, até 75 megawatts.
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