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Ações do governo federal devem recuperar mercado imobiliário em Caxias do Sul, prevê Assimob

Baixar Áudio por Rodrigo Fischer

Entre elas, está a redução de juros e investimentos na construção civil

Foto: Divulgação

O setor imobiliário de Caxias do Sul projeta uma recuperação no mercado para este ano. Desde 2014, a categoria era impactada com a crise econômica. Outro fator apresenta que a cidade possui suas raízes no polo industrial, o que afetou as imobiliárias pelas indústrias sofrerem com a instabilidade financeira do Brasil nos últimos anos. É o que analisa o presidente da Associação das Imobiliárias de Caxias do Sul (Assimob), Nelson D’Arrigo.

Ele explica que a prospecção positiva está baseada nas ações do Governo Federal. As intervenções para a redução de juros, os investimentos na produção e na construção civil e o tabelamento dos juros do cheque especial são vistos como pontos para essa volta do ramo. Esses fatores refletem em investimentos no setor.

“O que nos leva a entender (uma recuperação) é a partir do momento que vemos ações do governo federal buscando a redução de juros, investimentos em produção, em construção civil, além da Caixa Econômica Federal reduzindo juros e Brasília tabelando um pouco o juros do cheque especial. Isso tudo faz com que as pessoas parem de barganhar na aplicação financeira para começar a correr riscos e investir na produção. Acreditamos que 2020 será promissor.”, avalia.

D’Arrigo aponta que o poder público municipal é importante para o crescimento do mercado em Caxias do Sul. Ele visualiza que os dois setores necessitam caminhar juntos para recuperar o mercado da construção civil que investia na cidade até 2013. As ações impactam diretamente as imobiliárias.

“A entidade busca se representar e representar as empresas de Caxias do Sul para trazer as coisas que a cidade necessita. Sendo uma coisa que todos entendem e expõem, porque não propor as alterações e adaptações a fim de incentivar as indústrias de construção civil local a voltar a investir na cidade como investiram até 2013.”, comenta.

Mesmo com a pequena recuperação em 2020, ele afirma que os imóveis para a venda não estarão mais disponíveis na cidade no ano que vem. O argumento se baseia na recessão econômica dos últimos cinco anos que abalou a indústria e o mercado local da construção civil, que caiu cerca de 80%. Agora, até que as construtoras façam um projeto e o edifique, o prazo será de quatro anos. O que colabora ainda mais é a falta da procura da comunidade para a compra de uma propriedade.

“A partir de 2021, nós não teremos mais imóveis a venda em Caxias do Sul. O mercado imobiliário da cidade caiu na faixa de 80% ou até mais. Até que as indústrias e construtoras voltem a projetar, a comprar terreno, fazer o projeto, aprovar na Prefeitura e iniciar a construção, demora de seis meses a um ano. Mais dois ou três anos de construção, dependendo do projeto, são cinco anos o prazo de entrega para um bem. Isso fará com que em 2021 a cidade tenha dificuldade em encontrar imóveis, porque a demanda está reprimida desde 2014.”, projeta.

Nelson D’Arrigo assumiu a gestão da Assimob no início deste ano, com mandato até 2022. Seu objetivo é levar a entidade a uma posição destaque e tornar-se ponto de referência, apoio e segurança aos clientes.

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