Crise econômica atinge recicladoras de Caxias do Sul
Redução de material, combinada ao descarte errado feito pela população, prejudica associações
Foto: Banco de Imagens-Prefeitura/Divulgação
A média de caminhões que estacionavam na Associação dos Recicladores Carroceiros do Aeroporto (Arca), situada no bairro Esplanada, era de 22 por semana. Há meses, o número diminuiu para 13. Assim como diversos setores da economia, os recicladores sentem a diferença no bolso. Um profissional chegava a receber R$ 1 mil por mês, mas agora, não passa de R$ 600.
As informações são da presidente da Arca, Suelen Freitas. Segundo ela, todas as recicladoras passam pela mesma situação. “Tem diminuído muito a produção. Não sabemos como fazer com a demanda de pedidos. A crise está afetando até nós!”, disse.
Além disso, ela conta que pessoas de outros municípios estão vindo a Caxias para recolher o seletivo por conta própria. No caso da Arca e de mais seis recicladoras da cidade, um convênio com a prefeitura permite que a Codeca descarregue o material. A rede de supermercados que destinava fardos aos recicladores também diminuiu o repasse, segundo Suelen. “Conseguíamos tirar bastante no BIG, mas esse mês tivemos somente despesas e não lucro”, afirma.
Além do problema factual atribuído à crise, o hábito de sempre permanece. A população continua descartando o seletivo e orgânico de forma errada. “Muito material misturado! Se a população separasse, melhoria nossas condições de trabalho”, considera.
Benefícios - A Arca e mais duas recicladoras de Caxias do Sul – Monte Carmelo e Serrano, foram contempladas com o programa nacional Água Brasil. Por conta do incentivo, eles passam a ocupar pavilhões alugados pela prefeitura até o final do mês e, assim, terão reformas efetuadas nas sedes. Caxias do Sul servirá de modelo para o país com o projeto, que destina R$ 1 milhão em apoio à reciclagem.
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