A Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) apontou que o Rio Grande do Sul registrou um recorde de pedidos de seguro-desemprego em maio. No mês ocorreram 66.820 solicitações do benefício, representando um recorde na série histórica iniciada em 2011. No mês passado, o estado também havia superado estes indicadores, com 53.056 requerimentos.

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, a coordenadora do departamento de relações com o mercado de trabalho da FGTAS, Ana Rosa Fischer, avalia que a pandemia da Covid-19 foi o principal fator para estes indicadores. O motivo é que o contexto refletiu em menos consumo, diminuindo a arrecadação em diversos setores econômicos no país. A falta dessa relação entre consumidor e economia fez com que as empresas demitissem ou diminuíssem a carga horária de seus trabalhadores. O cenário foi os gaúchos necessitando do seguro-desemprego para pagamento de despesa e subsistência.

A maioria das solicitações foi realizada por profissionais desligados do setor de serviços (31.2%) e da indústria (25,9). Ela avalia a gama dos demitidos são homens, entre 30 e 39 anos, com perfil de chefiarem suas famílias. Ana ainda explica que nos dados do seguro-desemprego não estão somados as pessoas com redução salarial, com suspensão de contrato, que possuem bolsa-qualificação ou os informais que receberam o auxílio emergencial.

No ranking nacional de solicitações do benefício, o estado estava na 4ª colocação em maio deste ano, atrás apenas de São Paulo (281.360), Minas Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584); conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia.

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