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Atividade industrial tem queda de 10% em março no Rio Grande do Sul

Baixar Áudio por Pablo Ribeiro

Índice de Desempenho Industrial tem recuo recorde no Estado, segundo a FIERGS

Foto: Agência Brasil/Divulgação

Após registrar alta em janeiro e fevereiro, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul  (FIERGS), teve uma queda recorde de 10,2% em março,  feitos os ajustes sazonais. Consequência da pandemia do novo coronavírus, que provocou uma crise na atividade industrial gaúcha, conforme disse o economista-chefe da FIERGS, André Nunes de Nunes, em entrevista à Tua Rádio São Francisco.

Ouça AQUI a entrevista completa.

Entre os componentes, dois mostraram patamares de recuo sem precedentes: as horas trabalhadas na produção (-13%) e a utilização da capacidade instalada-UCI (-7,9 pontos percentuais), que chegou 74,4% em março, atingindo o piso da série, iniciada em janeiro de 2003. O faturamento real (-7,3%) e as compras industriais (-7,9%) também registraram baixas expressivas. A crise atingiu com força o emprego (-1,9%), que registrou a segunda maior queda desde janeiro de 2003. Apenas a massa salarial real (2,1%) cresceu, mas por conta do pagamento de participação em lucros.

Na comparação com março  de 2019, mesmo com três dias úteis a mais em 2020, a atividade industrial no Rio Grande do Sul  registrou a maior contração desde maio de 2018: -6,5% . Com mais essa queda, o IDI-RS fechou o primeiro trimestre com retração de 3,3% ante os primeiros três meses do ano passado. Todos os componentes do índice confirmam o cenário de contração: compras industriais (-5,4%), faturamento real (-4,7%), horas trabalhadas na produção (-3,6%), UCI (-2,1 pontos percentuais), emprego (-0,2%) e massa salarial real (-2,0%).

Na análise  por setor,  recuo da atividade industrial no primeiro trimestre ocorreu na maioria das atividades analisadas, com variação negativa em 10 das 17 abrangidas pela pesquisa. Máquinas e equipamentos (-10,7%) e Veículos automotores (-4,1%) foram os setores com os maiores impactos negativos para o resultado. Tabaco (-22,1%), Químicos e refino de petróleo (-1,8%) e Couros e calçados (-1,5%) também influenciaram negativamente.

Em sentido contrário,  Alimentos (5,1%), Produtos de metal (3,5%), Borracha e plásticos (2,5%) e Bebidas (1,5%) trouxeram as maiores contribuições positivas.

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