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Manifesto por pagamento de salários mobiliza o Sintrajoias de Guaporé

por Eduardo Cover Godinho

Empresários de uma fábrica de joias, segundo o Sindicato, não estariam cumprindo com as obrigações trabalhistas com os colaboradores há meses

Presidente do Sintrajoias e colaboradores da empresa buscando o pagamento dos salários atrasados junto ao empregador
Foto: Eduardo Cover Godinho

A situação econômica cada vez mais preocupante no Brasil tem obrigado os empresários a fazerem malabarismos para vencer a crise e honrar com os seus compromissos, sejam eles com os Governos ou com os seus colaboradores. Muitos tomaram medidas drásticas como a demissão em massa para conter despesas. Outros buscaram acordos com os Sindicatos e reduziram a jornada de trabalho. Alguns empresários, com mais dificuldades, não estão conseguindo honrar com as obrigações trabalhistas e a revolta, descontentamento dos colabores tem sido uma constante. Em Guaporé a situação deste término de 2015 preocupa o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Joalheira (Sintrajoias), que é um grande defensor e lutador para o cumprimento dos direitos da categoria.

Na terça-feira, dia 8 de dezembro, após receber informações do atraso de salários, 13º salário e outras obrigações trabalhistas garantidas por Lei de uma empresa de joias de Guaporé, Adilson Costa, presidente do Sintrajoias, interviu e, acompanhado de aproximadamente 10 funcionários, organizou um manifesto pacífico na Rua Guilherme Mantese, numeral 254, em frente ao estabelecimento.

“Há mais ou menos 15 dias entramos em contato com os sócios-proprietários solicitando que regularizassem a situação dos seus funcionários. Eles alegaram que em no máximo uma semana iriam colocar em dia a situação financeira. Porém, não cumpriram com as obrigações. Por bem, o Sintrajoias, que defende a categoria, deslocou-se até a empresa para saber o porquê do não pagamento e o que está acontecendo. Nós como sindicalistas vamos tomar as providências cabíveis, assim como está, não há possibilidade de continuar”, disse Costa.

Segundo o presidente do Sintrajoias, por menor que seja o salário recebido pelos colaboradores, eles têm suas despesas em casa (aluguéis, alimentação, comida, escola, entre outros). Para Adilson, todos enfrentam dificuldades, mas é necessário que busquem soluções para que não haja prejuízos para a classe trabalhadora.

“O pessoal de Guaporé é consciente. Nosso Sindicato batalha e vai em cima das empresas para saber o que realmente está acontecendo. Como aqui neste local. Os funcionários não aguentaram mais e foram a procura do Sintrajoias para que resolvessemos a situação”, destacou.

A orientação do Sintrajoias foi para que os colaboradores não desempenhassem suas funções dentro da empresa até que os vencimentos atrasados não fossem pagos. Costa, que conversou com um dos proprietários, disse que tudo deve ser resolvido da melhor forma possível, sem que haja a necessidade do Sindicato entrar na Justiça do Trabalho para que tudo seja acertado.

“Creio que os empregadores ficaram sensíveis com a situação. Caso não haja acerto, não existe outro caminho a não ser a justiça trabalhista. É bom que fique claro que nós do Sintrajoias, como defensores da classe trabalhadora, não queremos o fechamento de nenhuma empresa, muito pelo contrário. Queremos que estes gerem empregos. Não estamos aqui para prejudicar ninguém, apenas buscamos o que está na Lei”, salientou.

 

A definição

O presidente do Sintrajoias Adilson Costa, conversou com os sócios-proprietários que se comprometeram a pagar o salário atrasado na quarta-feira, dia 9 de dezembro, e o 13º na sexta-feira, dia 11. Se não houver o cumprimento do que foi acordado, os colaboradores devem procurar o Sintrajoias na segunda-feira, dia 14, para que os papeis sejam encaminhados para a Justiça do Trabalho.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio São Francisco

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