Diálogo entre o poder público e privado é a chave para o crescimento econômico caxiense, aponta diretora da CIC
Baixar ÁudioMaria Carolina Gullo fez um panorama sobre as prospecções para a economia neste ano
A aprovação da reforma da previdência, as ações do governo federal que sinalizam menores gastos para 2020 e o otimismo dos empresários para um crescimento econômico em relação a 2019 são itens apontados como promissores para um desempenho positivo da economia neste ano. É o que prospecta a diretora de Economia, Finanças e Estatística da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, Maria Carolina Gullo.
Os tópicos podem trazer investimentos para cidade, pois o empresariado local se sentiria estimulado com as mudanças e estaria disposto a aplicar recursos na produção de bens de capital, como em máquinas, caminhões e ônibus.
Outra pauta que influencia é a política. O município passou por um processo de impeachment em 2019, resultando na cassação do mandato de Daniel Guerra. Os impactos foram às mudanças de diretrizes governamentais, que podem ficar segmentadas a partir do dia 09 de janeiro. Gullo analisa que a falta de diálogo da antiga administração prejudicou o andamento da economia municipal. E visualiza que, caso o vereador e candidato ao Executivo, Flávio Cassina (PTB), se eleja, a comunicação possa ser retomada entre o ente público e o privado. Os dois em sintonia auxiliam na geração de empregos, na abertura de novas empresas e aumentam a matriz econômica da cidade em longo prazo. (Ouça a fala aqui)
Ela exemplifica que a Universidade de Caxias do Sul (UCS) foi fruto de um diálogo entre o poder público e o privado. Isso mostraria que o entendimento dos setores impacta nas movimentações econômicas e no futuro da cidade. (Ouça a fala aqui)
As movimentações internacionais também refletem no cotidiano de Caxias do Sul. O recente ataque dos Estados Unidos da América (EUA), no Iraque, que culminou na morte do militar de alta patente do Irã, Qassem Soleimani, influenciou no preço do petróleo mundial, que subiu 4%. A economista afirma que as tensões entre os dois países devem impactar na alta do combustível brasileiro, o que retrataria mais gastos para a comunidade e as empresas caxienses. Além disso, ela vê que aumentaria a inflação e os investimentos nos negócios locais travariam. (Ouça a fala aqui)
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