O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou nesta sexta-feira, 2, o bloqueio de R$ 16,2 bilhões no Orçamento de 2018. Esses recursos estão classificados como reserva de contingência, para que o governo possa cumprir com a meta fiscal, que é de déficit primário de até R$ 159 bilhões neste ano.

De acordo com Oliveira, do valor total do bloqueio, R$ 8,2 bilhões serão liberados após o projeto de lei que muda o Orçamento. Segundo o ministro, esse valor será remanejado para repasses aos municípios (R$ 2 bilhões), Fundo de Garantia a Exportação (R$ 1,5 bilhão), defesa civil (R$ 1 bilhão), saúde (R$ 2 bilhões), educação (R$ 600 milhões) e outras áreas.

Os outros R$ 8 bilhões foram bloqueados devido à incerteza quanto à entrada de R$ 12,2 bilhões, nos cofres públicos, esperados com a privatização da Eletrobras, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. “Não temos preocupação com a realização em si da privatização da Eletrobras, mas pelo tempo. Vamos bloquear despesas até ter maior segurança sobre privatização da Eletrobras”, explicou o ministro.

O bloqueio inicial de gastos de R$ 16,2 bilhões representa o menor valor desde 2008, que até então, nunca havia ficado abaixo dos R$ 19,4 bilhões.