Por falta de recursos próprios, Prefeitura de Caxias decide iniciar ocupação da Maesa com projeto do Mercado Público
Em audiência na Câmara de Vereadores, parlamentares demonstraram preocupação com falta de agilidade e indefinições no plano
A ocupação da Maesa tomou conta mais uma vez do plenário da Câmara de Vereadores nesta semana, em Caxias do Sul. A convite da Frente Parlamentar “A Maesa é Nossa”, a Prefeitura apresentou os próximos passos do projeto de recuperação do complexo da antiga Metalúrgica Abramo Eberle. O processo se dará de forma gradual, iniciando com a implantação do Mercado Público por meio de concessão comum.
Durante a reunião conduzida pelo presidente da Frente Parlamentar, vereador Rafael Bueno, o secretário de Parcerias Estratégicas, Matheus Neres da Rocha, a secretária de Cultura, Cristina Nora Calcagnotto, e a chefe de Gabinete, Grégora Fortuna dos Passos, explicaram as adequações feitas ao projeto, determinadas por dois fatores primordiais: as contribuições recebidas na consulta e audiências públicas sobre a Maesa e a impossibilidade financeira de o município realizar os aportes de R$ 21,5 milhões previstos no modelo de concessão patrocinada de todo o complexo.
Os vereadores demonstraram preocupação com o andamento da ocupação da Maesa. Rafael Bueno/PDT cobrou alternativas mais ágeis, que contemplem as pretensões iniciais da comunidade, com relação à ocupação daquele complexo. Afirmou que será agendada, no menor prazo possível, uma audiência pública sobre o tema.
o vereador Sandro Fantinel/PL considerou preocupante o fato de, até o momento, não ter havido interesse privado no empreendimento. Para o vereador Ricardo Zanchin/NOVO, a própria indefinição do plano de ocupação causa desinteresse no empresariado, além de, na ótica dele, não fazer sentido transformar o espaço só em sede de secretarias, destoando do fim de negócios.
De acordo com o vereador Olmir Cadore/PSDB, o sentimento é de frustração, com a repetição de problemas e falta de ações para tornar atrativo o entorno da Maesa. Para o vereador Velocino Uez/PTB, o fato de o espaço ser patrimônio histórico seria um empecilho para a tração de investidores. O vereador Lucas Caregnato/PT reclamou da falta de avanços na discussão.
Durante a explanação, o Executivo afirma que optou por realizar a ocupação de forma parcial. Um dos pontos praticamente unânimes nas contribuições é a instalação de um Mercado Público, por meio de concessão.
Seria necessário cumprimento do que a Prefeitura chama de premissas de readequação. As medidas incluem, por exemplo, concessão comum, sem comprometimento ou dispêndio de recursos públicos; diminuição da área de concessão; prioridade de encargos relativos à execução do referido mercado.
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