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Placas de bronze vão para museus

por Jeferson Ageitos

Várias peças do tipo, todas de alto valor, foram furtadas, nas últimas semanas

A Prefeitura de Caxias do Sul vai retirar as placas de bronze de todos os monumentos da cidade e colocar os objetos em exposição em museus. A decisão foi tomada depois de vários registros de crimes contra o patrimônio público.

Nas últimas semanas, criminosos furtaram as placas dos monumentos Rosa dos Ventos e Gigia Bandeira (ambos na Praça Dante Alighieri) e do busto em homenagem ao empresário Cândido João Calcagnotto, na Praça da Bandeira.

Nessa quarta-feira (08), funcionários da Prefeitura retiraram a placa do monumento em homenagem ao escritor Dante Alighieri.

Nesta quinta-feira (09), funcionários da Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural do Município vão começar a fazer levantamento para saber quantas placas de bronze estão em monumentos do município para, posteriormente, retirar os objetos.

A coordenadora do setor, Heloíse Salvador, afirma que os últimos crimes desse tipo registrados na cidade indicam que as placas de bronze restantes também poderiam ser furtadas, em breve. “É óbvio que iam ser furtadas também. Foi uma sequência. Com certeza existe um receptador que está pagando. As câmeras (de monitoramento) adiantariam? Deixar um guarda do lado... E o restante da população? É muito triste nós chegarmos a esse ponto. Provavelmente, é um grupo que está fazendo isso. Diante do óbvio, nós não poderíamos ficar parados”, afirma.

Segundo Heloíse, as placas de bronze serão substituídas por outras mais baratas. De acrílico, principalmente. “Retirando essas placas, nós não perdemos, nós ganhamos. É o nosso posicionamento porque elas iam ser furtadas. É claro que nós gostaríamos de deixar de bronze, mas aí nós vamos estudar uma maneira melhor de fixá-las e aí eles (os criminosos) vão danificar o monumento para retirar”.

A Secretaria de Cultura pretende organizar seminários para falar sobre a importância da preservação do patrimônio histórico. “Todo esse problema é de base. Não só a educação patrimonial, mas o quê considerar de valor em um bem e, principalmente, legislação. A maioria nem notou que as placas foram roubadas. Tanto que a cidade está inteiramente depredada e, agora, porque nós retiramos o que precisa ser preservado, houve toda essa movimentação. Mas a grande maioria da população não se preocupa. Retirando essas placas agora resguardamos o restante desse pedaço de História. Senão, provavelmente, daqui a duas semanas, nós não teríamos nem mais isso”, desabafa a coordenadora.

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