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Tecnologia que transforma resíduos orgânicos em gás de cozinha é apresentada à Prefeitura de Caxias

por Daniel Lucas Rodrigues

Ferramenta foi apresentada por um representante de uma empresa israelense no Brasil nesta semana

Foto: João Pedro Bressan/Divulgação

A transformação de resíduos orgânicos em gás de cozinha é um tema que está em análise pela Prefeitura de Caxias do Sul. Nesta quarta-feira (20/05), o prefeito Adiló Didomenico participou da apresentação do HomeBiogas, um sistema de biodigestão desenvolvido a partir de uma tecnologia, que muda, por exemplo, restos de alimentos em gás para uso doméstico.

A ferramenta foi mostrada por um representante de uma empresa israelense no Brasil, desenvolvedora do projeto. Conforme a companhia, o sistema é distribuído no Brasil pela BioMovement. O biodigestor, dependendo de modelo, transforma em gás, diariamente, de quatro a 10 quilos de resíduos orgânicos ou de 18 a 60 quilos de esterco animal. A tecnologia é construída a partir de materiais resistentes a temperaturas extremas, com vida útil estimada entre 10 e 15 anos. A empresa assegura que o biodigestor e o reservatório do sistema são vedados, garantindo que nenhuma quantidade de líquidos permeie pela câmara de digestão e nenhum gás seja emitido ao exterior.

O vereador Sandro Fantinel (PATRIOTA) foi quem intermediou o encontro entre o prefeito e a empresa. Ele afirma que conheceu a iniciativa por estudo próprio, com o intuito de encontrar novas soluções para as demandas da cidade. Durante a pesquisa, encontrou o contato da companhia israelense, marcou uma visita do representante ao seu gabinete e soube a respeito da ferramenta. Após a reunião, Fantinel procurou Didomenico e intermediou o encontro entre as partes.

O custo do equipamento, dependendo da versão, é de R$ 5.900 e R$ 11.900. A empresa simulou a viabilidade financeira do projeto a partir dos resíduos gerados nas refeições servidas nas 82 escolas do Município. De acordo com os dados disponíveis, seria possível economizar, por estabelecimento, de 1,6 a 2,2 botijões de gás a cada 20 dias. Também foi simulada a situação atual da Ceasa de Caxias do Sul, que destina ao aterro sanitário, mensalmente, em torno de 28 toneladas de restos de alimentos. Um biodigestor transformaria estes resíduos em 100 m³ de gás, com a possibilidade de envase em cilindros para venda como combustível automotivo ou para uso em cozinha.

Didomenico avalia que o projeto é interessante para Caxias do Sul. Uma das cidades gaúchas que possui o HomeBiogas é Nova Roma do Sul. Ele afirma que está marcada uma visita técnica ao município para conhecer como é feita a transformação de resíduos em gás de cozinha e o quanto se economiza com o material. O prefeito acredita que os detritos do aterro sanitário possam ser um meio para abastecer a ferramenta. Em um primeiro momento, as instituições de ensino poderiam receber a tecnologia.

Fantinel conta que o HomeBiogás não é feito em escala industrial e daria apenas para abastecer lugares específicos. O parlamentar conta que está em contato com uma empresa do Rio de Janeiro, que produz a tecnologia industrialmente, para uma reunião. Ele acredita que o projeto seria a solução dos problemas financeiros da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca). A justificativa está na ideia de que a entidade poderia produzir seu gás de cozinha e revender à comunidade por um preço mais barato. O vereador ressalta que seria um projeto de longo prazo, pois teria que construir uma usina de gás natural para produção em massa.

Clique AQUI e ouça a fala do prefeito Adiló Didomenico.

Clique AQUI e ouça a fala do vereador Sandro Fantinel.

 

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