O espírito comunitário é uma das marcas positivas e já reconhecidas da comunidade do bairro Jardim América, em Caxias do Sul. E, nos últimos dias, uma iniciativa tem chamado atenção de quem passa pelo parque do bairro, localizado na Rua Irmão Miguel Dário, ao lado da Central de Polícia Civil. A menos de um mês do Natal, aliando esforços e boa vontade, o Clube de Mães Nossa Senhora de Guadalupe e integrantes do grupo Amigos e Amigas do Parque produziram enfeites natalinos com materiais reciclados para decorar a área de lazer. Os trabalhos de decoração foram realizados no último sábado, dia 23.

Uma das pessoas que se envolveu nesse trabalho de espírito comunitário foi a dona Diva Maria Fiorio Generosi, 71 anos, moradora do bairro há oito anos. “A gente faz essa decoração há três anos, e a gente pede doação e o pessoal colabora. É tudo material reciclado, menos o TNT, que algumas pessoas doaram”, conta.

Ainda conforme Diva, a comunidade já se empenha na preservação do parque há algum tempo. “Nós cuidamos do parque há três anos, já que ele estava abandonado. Tomamos então a iniciativa de cuidar deste parque. Começamos a pedir doação de flores e fazemos mutirão pra quem quer vir ajudar a cuidar”.

Essa iniciativa é chamada de prática de gestão comunitária. Com o objetivo de estimular a participação dos moradores do bairro, a atividade consiste em reunir pessoas com espírito comunitário para a realização de limpeza e organização dos parques e praças, como explica o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Jardim América (AMOB), Idair Moschen. “Todos os sábados pela manhã, das 8h às 10h, os moradores são convidados para irem fazer alguma coisa no parque, nem que seja 10 a 15 minutos para limpar um canteiro ou plantar uma flor. Essa prática chama a atenção porque as pessoas começam a se aproximar”.

Além do espírito comunitário, a comunidade é convidada a também nutrir o espírito natalino. “Nós convidamos a comunidade a enfeitarem as suas casas para criar esse clima de humanização, sentimento de família e humanização das pessoas, que tanto precisamos nos momentos atuais”, finaliza Moschen.