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Mãe de menino em tratamento de leucemia pede ajuda para reconstruir casa saqueada por ladrões

por Pablo Ribeiro

Gabriel, o irmão Jardel, e a mãe, dona Maria Aparecida vivem hoje de aluguel. A renda da família é de R$ 1,2 mil

Apenas as paredes e o teto da casa da família resistiram a ação dos ladrões
Foto: Pablo Ribeiro

Gabriel Costa de Oliveira é um adolescente como qualquer outro. Aos 13 anos a alma de criança ainda é evidente no jovem que, com muita luta e vontade de viver, vem enfrentando o tratamento da leucemia. Ele e o irmão Jardel, de 16 anos, moram com a mãe, dona Maria Aparecida, de 51 anos, em uma residência simples de dois cômodos, na Rua Graciosa Fabro, no bairro Diamantino, em Caxias do Sul.

Ouça AQUI a reportagem especial.

Gabriel descobriu a doença em 29 de agosto de 2017. Até maio de 2018, o menino realizou o tratamento no Hospital Geral. O transplante de medula óssea era considerado pelos médicos de urgência. Naquele mês a família viajou para Porto Alegre para, enfim, realizar o transplante e dar uma nova perspectiva de vida para Gabriel. O procedimento foi realizado no Hospital de Clínicas, e o doador foi o próprio irmão, Jardel.

A família permaneceu na capital gaúcha durante seis meses para o tratamento e recuperação de Gabriel. Quando retornaram para Caxias, em novembro, tiveram uma surpresa nada agradável. Apenas as paredes e o teto da casa da família ainda estavam lá. Móveis, eletrodomésticos, roupas... Tudo, absolutamente tudo foi saqueado por ladrões. E o que não foi roubado, foi depredado. “Quando a gente chegou aqui nos deparamos com a casa naquele estado. Tinha tudo e quando chegamos ali não tinha nada. O que não levaram, destruíram. Detonaram as portas dos quartos”, conta Maria.

A casa onde a família vive hoje é de aluguel e fica na mesma rua. Dona Maria e os filhos vivem com uma renda de R$ 1,2 mil, que é a pensão por morte do pai dos meninos, que faleceu há cinco anos. Ela está desempregada. Os poucos móveis que a família tem hoje, além dos alimentos, vieram de doações, através da ONG Domus (Associação de Amparo à Criança com Câncer da Serra Gaúcha).

Apesar de Gabriel estar evoluindo bem em relação ao tratamento, ele ainda precisa de muitos cuidados básicos, pois sua imunidade é baixa. A mãe, dona Maria, conta com a solidariedade das pessoas. “Pra ele tem que ser tudo infantil, como creme dental, shampoo. O essencial é o álcool gel, mas tudo ajuda”.

O jovem sempre foi uma criança ativa antes da leucemia, participando de muitas atividades que, devido ao tratamento da doença, tiveram que ser interrompidas. “Foi bem triste porque eu ficava mais no hospital do que em casa. Eu fazia várias oficinas, de canto, dança, violão e o projeto Remadas Solidárias, na canoagem. Mas o que mais eu senti falta foi não poder ir pra escola”, conta.

Enquanto a família aguarda a solidariedade da comunidade para reconstruir o lar, Gabriel segue firme e forte no tratamento. E a dona Maria, a mãe que largou o emprego para se dedicar aos dois filhos segue confiante em dias melhores. “Foi bem sofrido pra todo mundo, mas eu sempre disse que o dono da vida é Deus. Eu acredito que agora só melhore”, finaliza.

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