Jovem agricultor de Guaporé expõe sua experiência em Seminário Regional
Maicon Mattiello relatou as atividades no campo para produtores rurais de Antônio Prado e Nova Roma do Sul
Foto: Divulgação
Cerca de 70 pessoas participaram, na tarde desta quinta-feira (24/11), do 1º Seminário da Juventude Rural, em Antônio Prado. A atividade, desenvolvida dentro da Chamada Pública da Sustentabilidade, reuniu homens, mulheres e jovens do município e também de Nova Roma do Sul, no salão comunitário do Bairro Aparecida. A programação iniciou com a abordagem da realidade dos jovens rurais pelo diretor executivo da Fecovinho, Hélio Marchioro, que apresentou um filme sobre as mudanças na sociedade e no mundo para reflexão.
Em seguida, o professor da Faculdade de Agronomia da Ufrgs, Alberto Bracagioli Neto, falou sobre a trajetória da agricultura familiar e modos de vida e produção, desde a chegada dos imigrantes italianos até os dias atuais. Após, os participantes trabalharam em quatro grupos, respondendo às perguntas orientadoras sobre as dificuldades para a permanência dos jovens no meio rural e as motivações para ficar, os desafios para garantir o futuro da agricultura familiar e a responsabilidade de cada um para isso, e discutiram os relatos dos grupos.
À tarde, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar de Guaporé, Antônio César Perin, apresentou as experiências e políticas públicas de desenvolvimento local, que levaram jovens a permanecer ou voltar para empreender no meio rural e fizeram com que a participação da agricultura na receita do município aumentasse de 10% para 20%. Recentemente, está sendo pensado um Programa de Incentivo ao Jovem Empreendedor Rural, a fim de possibilitar que os jovens que queiram investir em atividades diferenciadas, até R$ 100mil, recebam desconto de até 15% nas prestações, com recursos do Fundo Municipal de Apoio à Pequena Propriedade Rural.
Junto com ele, o jovem agricultor Maicon Mattiello relatou sua experiência de ter retornado da cidade para o interior para trabalhar com a produção de leite: os investimentos realizados, o apoio da Emater/RS-Ascar, a necessidade de provar para os pais sua capacidade e os resultados que obteve, como o aumento do plantel e da produção, a redução da mão de obra, a modernização da propriedade e a satisfação pessoal e familiar. “A preocupação com a sucessão rural é relevante nos dias atuais, porque a maior herança que o RS tem é a agricultura familiar”, concluiu Perin.
Ainda na parte da tarde, o presidente da Cooprado, Sadi Macagnam, apresentou propostas de políticas e ações em apoio aos jovens rurais. Durante o seminário, também foi escolhida uma comissão que irá trabalhar na constituição de um grupo de jovens agricultores de Antônio Prado e estudar ações como a lei de Guaporé, para apresentar no município.
O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar, Fecovinho, Cooprado, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Associação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Atraf).
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