Perda recorde na lavoura gera impacto na qualidade de vida do agricultor, avalia Sindicato Rural
Representante dos trabalhadores rurais, Rudimar Menegotto teme mais dificuldades na sucessão das propriedades agrícolas
O balanço parcial da safra 2015/2016, divulgado pela Emater nesta semana, preocupa os produtores rurais. Segundo a entidade, todas as frutíferas cultivadas na região devem apresentar quebra de safra, de 17 a 71%, dependendo da cultura. A excessão é o morangueiro, que não registra perdas. No caso das videiras, cultura que predomina na região, a queda pode chegar a 56% em relação à média histórica e de 65% em relação à safra anterior. Para o caqui, a projeção indica perdas de 71%. Já na safra do kiwi, a queda deve ficar em 67%.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul, Rudimar Menegotto, o resultado negativo recorde impacta diretamente na economia da região, com risco de queda na qualidade de vida do agricultor. (Acompanhe em áudio)
Com um impacto financeiro estimado em mais de R$ 440 milhões, a tendência é de que as perdas na lavoura se estendam para outras áreas, como explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Conforme Menegotto, a safra prejudicada vai gerar menos recursos para o agricultor investir em maquinários e implementos agrícolas.
A quebra de safra histórica também traz impactos para o consumidor, que já está pagando mais caro pelas frutíferas. O reajuste médio nas gôndolas dos supermercados é de 25% nas frutíferas.
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