Entidades ligadas à agricultura da Serra gaúcha preparam lista de agrotóxicos que poderão ser legalizados para cultivos da região
Representantes de entidades, técnicos e pesquisadores estão realizando encontros para sugerir produtos químicos alternativos para culturas com suporte fitossanitário insuficiente. Nos últimos anos, agricultores que cultivam frutas, como caqui, e hortaliças, como a beterraba, têm dificuldade em encontrar defensivos agrícolas com autorização para serem aplicados, o que pode inviabilizar a produção em caso de ataque de pragas, segundo eles. Além desses, vários outros cultivos também estão enfrentando restrições. De acordo com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Bento Gonçalves, Marcos Botton, o objetivo não é legalizar produtos altamente tóxicos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão atuando em conjunto para atualizar o registro de agrotóxicos para culturas com opções insuficientes. As avaliações para liberação levam em conta as quantidades seguras para consumo e o que já é aplicado em outras culturas. Conforme Botton, os técnicos enviarão sugestões de agrotóxicos para as culturas cultivadas na Serra gaúcha.
A próxima reunião para tratar sobre o tema ocorre na sexta-feira, 31/7. O período de inclusão levará em torno de um ano, após os agricultores que aplicarem produtos não permitidos para a cultura poderão ser penalizados.
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