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Estudo do Governo do Estado e da Emater pode trazer políticas públicas para o cultivo de oliveira no RS

por Daniel Lucas Rodrigues

Pesquisa poderia ser utilizada para viabilizar economicamente o plantio da árvore no estado

Foto: Fernando Dias / Ascom Seapi

O Governo do Estado poderá utilizar um estudo publicado recentemente para o desenvolvimento de políticas públicas e de pesquisas agronômicas em relação a viabilidade econômica do cultivo de oliveira no Rio Grande do Sul (RS). A pesquisa “Caracterização de olivais no Rio Grande do Sul: aspectos socioeconômicos, fitossanitários, de nutrição e fertilidade dos solos” foi realizado por pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar.

Conforme o Estado, a finalidade do estudo é realizar a caracterização de propriedades e olivais localizados em diferentes regiões produtoras do Estado, a caracterização do perfil dos produtores e a obtenção de dados sobre aspectos fitotécnicos da cultura. Segundo a bióloga Andréia Mara Rotta de Oliveira, coordenadora do estudo, a circular também sugere transferência de tecnologia, principalmente em relação às questões fitossanitárias, de nutrição e fertilidade do solo dos olivais. A ideia é possibilitar que o sistema de produção seja sustentável em solo gaúcho.

Hoje o Rio Grande do Sul se destaca por abrigar a maior área plantada de oliveira no cenário nacional, o que faz do Estado o principal produtor de azeite do Brasil. A pesquisa mostra que a oliveira vem ganhando espaço em pequenas propriedades rurais, como incremento de renda, e na utilização das azeitonas para a produção de azeite de oliva.

Em relação às principais dificuldades apontadas pelos produtores no cultivo da oliveira, a falta de mão de obra especializada e a carência de pesquisas que gerem informações para o cultivo da oliveira nas condições do Rio Grande do Sul foram as que tiveram maior destaque. No que se refere aos aspectos fitossanitários, destacam-se as dificuldades enfrentadas para o controle de formigas, lagartas, antracnose, repilo e emplomado.

A pesquisa foi realizada entre 2020 e 2021, com 53 produtores rurais. Os olivais foram selecionados pela instituição, utilizando como critério os municípios com maior área plantada e maior número de produtores de oliveira. O levantamento das informações para a determinação do perfil dos produtores, da caracterização socioeconômica das propriedades, das principais cultivares utilizadas, do sistema de manejo adotado e das principais pragas e doenças observadas nos olivais foi realizado pelos técnicos extensionistas da Emater.

Na ocasião das visitas às propriedades, os técnicos também coletaram amostras da parte aérea das plantas com sintomas de pragas e doenças para diagnóstico fitossanitário e amostras de solo e folhas para análises da fertilidade e nutrição dos olivais.

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