Samae alerta para proibição da coleta de pinhão nas áreas da autarquia
Retirada impede reprodução da espécie, considerada em risco de extinção
Com a chegada do outono, inicia a colheita do pinhão. Por isso o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) reforça a proibição da coleta nas áreas de propriedade da autarquia, como na Reserva Natural Parque dos Pinhais. Principalmente nas barragens, a proibição ocorre porque as áreas são locais de preservação permanente.
A coleta indevida prejudica a reprodução da espécie, já que impede que a pinha se espalhe pelo solo. “Como atualmente a araucária está ameaçada de extinção, devido à grande devastação que a espécie sofreu até 1970 para a exploração de madeira, quando mantemos as sementes que caem no solo, as possibilidades de gerarem uma nova planta são maiores. O pinhão também serve de alimento para a fauna silvestre que habita essas localidades e, além disso, alguns desses animais atuam no transporte das sementes”, ressalta a bióloga Patrícia Buffon, da Seção de Pesquisa e Monitoramento do Samae. Ela também explica que por conta da exploração que a espécie vem sofrendo, fatores como o clima, a poluição e doenças na planta podem acelerar ainda mais esse processo de extinção.
Nas propriedades do Samae a fiscalização é realizada pela Patrulha Ambiental da Guarda Municipal (GM). O indivíduo que retirar a pinha da araucária ou pegá-la diretamente do chão será conduzido pela Patrulha até uma delegacia para responder por crime ambiental. A Lei Complementar nº 246 de 2005 estabelece as áreas de preservação permanente dentro das bacias de captação, tornando proibida a coleta do pinhão nesses locais de represamento, mesmo a safra sendo liberada no Estado.
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