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Geração de empregos formais no campo registra saldo positivo no primeiro trimestre no RS

por Pablo Ribeiro

Setores de fumo e carnes tiveram recorde de geração de empregos entre janeiro e março de 2021

Foto: Fernando Dias/Seapdr/Divulgação

Tradicional período de contratação de mão de obra no campo, o primeiro trimestre em 2021 atingiu o maior saldo positivo na geração de empregos formais desde o início da série histórica, iniciada em 2007. A diferença entre admissões e demissões no setor ficou positiva em 26.504 empregos com carteira assinada, número superior aos 25.278 de 2019, melhor resultado até então, e aos 19.229 registrados em 2020.

Conforme o boletim do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), além da recuperação da safra, o desempenho do segmento conhecido como "depois da porteira", formado especialmente por atividades agroindustriais, foi o principal responsável pelo número positivo, com destaque para a indústria do fumo (+8.839 postos), comércio atacadista (+5.739 postos) e a moagem e fabricação de amiláceos (+2,381 postos).

"Na indústria fumageira, as contratações temporárias são características do primeiro trimestre, com pico em março. A alta na produção gaúcha de fumo contribuiu para esse aumento na demanda por mão de obra na indústria de processamento", ressalta o pesquisador Rodrigo Feix.

Confira AQUI a entrevista do pesquisador à Tua Rádio São Francisco.

O estudo destaca ainda o número recorde de vínculos com carteira assinada na indústria de abate e fabricação de carnes, que em março tinha um estoque de 67.695 vínculos ativos, o maior número da série histórica com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), produzido pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

No segmento "dentro da porteira", de atividades agrícolas, o resultado das lavouras permanentes, puxado pelas atividades de colheita da maçã, foi o principal destaque do primeiro trimestre (+4.275 postos). Já no segmento conhecido como "antes da porteira", a fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (+1.918 postos) também apresentou saldo positivo.

Perspectivas

Para as exportações, o estudo do DEE/SPGG indica que a expectativa é de safra recorde de soja para o Rio Grande do Sul. Combinada com a alta nas cotações internacionais e a taxa de câmbio desvalorizada, a projeção é para um aumento nas exportações, especialmente no segundo semestre. A manutenção nas vendas de carne suína para a China também é esperada. O desafio para os produtores gaúchos fica por conta dos custos de produção, já que os preços dos principais insumos agrícolas estão em alta.

Quanto ao emprego formal, o documento indica que a "desmobilização de trabalhadores tende a ser acentuada no segundo e no terceiro trimestres", puxada pelas dispensas nos setores de lavouras permanentes e da indústria de fumo.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio São Francisco

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