Alho: mercado, tecnologia e custo de produção em debate
Mais de 450 produtores de três estados devem estar em Ipê
Mercado, novas tecnologias e custo de produção é o tema do 28° Encontro Nacional dos Produtores de Alho, que será realizado no dia 23 de outubro, a partir das 13h, no Salão Centenário, Bairro Centro, ao lado da igreja matriz, em Ipê. O presidente da Associação Gaúcha e Nacional de Produtores de Alho, Olir Schiavenin, também presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, projeta uma participação de 450 produtores de seis estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Conforme Schiavenin será uma ótima oportunidade para reunir produtores, trocar ideias, informações, divulgar novas técnicas e dados de produção, além da perspectiva de mercado, mostrar tendências de comercialização e preços da próxima safra. Durante o encontro, continua o dirigente, haverá um momento para que os produtores opinem, apresentem ideias e sugestões com vistas a fortalecer a cultura no País. Antes do encerramento, as Associações Gaúcha e Nacional dos Produtores de Alho prestarão contas de suas atividades. Em seguida haverá eleições das respectivas entidades para o triênio 2016/2018.
No Brasil são cultivados 10 mil hectares, sendo 8 mil na Região Centro-Oeste e 2 mil na Região Sul. A produção está em 120 milhões de quilos e o consumo é superior a 220 milhões de quilos, o que representa um consumo per capita de 1,1kg. "Suprimos apenas 1/3 da demanda, sendo que o restante vem da República Popular da China, com 70% das importações, seguido da Argentina e Espanha", conta Schiavenin.
A China, maior produtor mundial, tem mais de 700 mil hectares plantados, com um regime trabalhista bastante diferente do brasileiro, que joga o custo de produção para baixo. No Brasil, o custo gira em torno de R$ 3,50 a R$ 4,00, dependendo do tipo de mão de obra, da produtividade e de uma série de outros fatores. Já o preço final do alho chinês é colocado no mercado nacional, praticamente, nesse patamar de valores. "Para o alho brasileiro competir com o importado são necessários colocar em prática alguns mecanismos, como a taxa antidumping, que hoje é de US$ 7,2, bem como a manutenção do alho na Lista de Exceções da Tarifa Externa Comum - Letec", completa.
Programação:
13h - Credenciamento;
14h - Abertura;
14h30min - Palestra técnica sobre Podridão Branca com Valdir Lourenço Junior, pesquisador da Embrapa Hortaliças;
15h - Palestra técnica Produzir com qualidade para competir com Marcelo Pavan da Unesp/ Botucatu/SP, organizador do livro A cultura do alho;
15h30min - Apresentação da situação da cultura do alho nos Estados do RS, SC, GO e MG;
16h - O Mercado do Alho e Perspectivas para safra 2015/2016 com Marco A. Lucini;
16h45min - Prestação de Contas ANAPA, AGAPA e AMIPA;
17h15min - Eleição da Diretoria da ANAPA, AGAPA e AMIPA biênio 2016/2017;
18h - Espaço para manifestações dos participantes;
18h30min - Encerramento; e
19h - Jantar de Confraternização.
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