Vendas de vinhos brasileiros ficam estáveis no primeiro semestre de 2018
Os sucos de uva foram destaque na comercialização, com crescimento de 32,7%
As vendas de vinhos e espumantes brasileiros no mercado interno se mantiveram estáveis nos primeiros seis meses do ano, registrando um recuo de 0,79% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
Os sucos de uva 100% prontos para o consumo foram o destaque na comercialização entre os produtos processados a partir da fruta, com crescimento de 32,7%, totalizando mais de 60 milhões de litros vendidos. Os espumantes apresentaram resultado positivo de 9,75% com a comercialização de 4,3 milhões de litros. Já a venda de vinhos tranquilos, teve uma pequena retração de 0,93% e totalizou 88,4 milhões de litros comercializados. Contabilizando os resultados dos demais produtos processados a partir da uva, de janeiro a junho desse ano, o setor atingiu um crescimento de 9,27% com a venda de 173,3 milhões de litros de bebidas.
Conforme o presidente do Ibravin, Oscar Ló, as expectativas eram de uma melhoria mais expressiva nas comercializações dos produtos. “Há alguns nichos com bom desempenho, como os espumantes, em especial os moscatéis, mas estamos cautelosos devido à estagnação da venda de vinhos tranquilos”, afirma.
Apesar dos dados positivos de venda de algumas categorias, os impostos e política de tributação que o Brasil impõe aos produtos nacionais preocupam o setor quanto à rentabilização dos produtores. Segundo o conselheiro do Ibravin pela União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Deunir Argenta, a carga de impostos também ocasiona a desvantagem do produto brasileiro frente as marcas importadas.
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