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Manejo Integrado de Pragas na soja é apresentado em Serafina Corrêa

por Eduardo Cover Godinho

Participaram 50 produtores rurais de Serafina Corrêa, Paraí, Vista Alegre do Prata, Montauri e Guabiju

Atividade aconteceu na propriedade de Jacir Dalmás, na Capela Saúde
Foto: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar

O Manejo Integrado de Pragas na soja baseia-se na premissa de que não são todos os insetos que necessitam de controle e que alguns níveis de infestação são toleráveis pelas plantas, sem redução da produção. Dessa forma, o controle químico só é feito quando realmente há risco de dano econômico. Na região de Caxias do Sul, o uso dessa prática vem crescendo em municípios como Serafina Corrêa, onde 70 hectares de soja são monitorados, em cinco propriedades rurais.

A fim de tratar do tema e apresentar os resultados obtidos pelos agricultores do município, a Emater/RS-Ascar promoveu, na tarde da quinta-feira, dia 9, uma Tarde de Campo sobre Manejo Integrado de Pragas, na propriedade do agricultor Jacir Dalmás, na Capela Saúde. Participaram cerca de 50 produtores rurais de Serafina Corrêa, Paraí, Vista Alegre do Prata, Montauri e Guabiju, além da diretora administrativa da Emater/RS, Silvana Dalmás, e do secretário municipal da Agricultura, Otávio Augusto Gheller. Silvana salientou que esse trabalho busca levar conhecimento aos agricultores para o manejo correto da cultura, visando à saúde do agricultor, a redução da contaminação ambiental e a diminuição do custo de produção. O secretário afirmou que os agricultores do município fazem o “dever de casa” e que é uma satisfação ver os resultados alcançados e pessoas do município se destacando em termos de Estado.

A engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Roberta Sabatino Ribeiro, que acompanha esse trabalho no município, realizou uma demonstração prática de como fazer a batida de pano, a cada semana, para monitoramento, e o número de pontos de amostragem conforme o tamanho da lavoura, sendo que a decisão de controle vai depender da população de insetos pragas e benéficos, do estádio da cultura e do nível de ação das pragas, segundo recomendação da Embrapa. O uso abusivo de inseticidas, além de eliminar os inimigos naturais, pode agravar a ocorrência de outras pragas e elevar o custo da lavoura. Roberta explicou que, além do controle químico, também existe o controle cultural (rotação de culturas), o genético (variedades resistentes a determinadas pragas) e o biológico (fungos, vespas, insetos) e que com esses quatro manejos o sucesso é maior.

O agricultor Vilmar Locatelli, que há quatro safras realiza o manejo integrado de pragas em 8,4 hectares de soja, e não precisou fazer nenhuma aplicação de inseticidas nesse período, aponta como grandes benefícios desse trabalho o aprendizado e a economia. Além disso, na última safra ele colheu 75,5 sacas de soja por hectare, uma produtividade acima da média do município, que é de 63 sacas por hectare.

O custo de produção e o manejo e conservação do solo também foram tratados durante a Tarde de Campo, pelo técnico da Emater/RS-Ascar Orivaldo Trevisan e pelo engenheiro agrônomo João Villa, respectivamente. 

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