Deputados e entidades pressionam governo para pagamento do seguro agrícola
Deputados federais da bancada gaúcha estiveram reunidos com o setor em Vacaria
Foto: Divulgação
Os produtores de maçã terão que contratar o seguro agrícola para a próxima safra neste segundo semestre, porém, não há ainda o dinheiro disponível. O valor estava previsto no orçamento mas o governo federal sinaliza com um corte que pode chegar a 90% no prêmio de subvenção. Se essa medida for colocada em prática o setor estima que haverá um risco gigante para a produção brasileira da fruta. No orçamento deste ano haviam sido destinados em torno de R$ 400 milhões para o setor. Para tentar reverter essa situação a bancada ruralista, setor da maçã e as seguradoras estão pleiteando junto ao governo federal que se mantenha pelo menos o que estava previsto no orçamento. Segundo o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP) ainda não há uma resposta do Ministério do Planejamento.
O deputado federal Alceu Moreira (PDMB) destaca que um dos problemas é que não existe no momento uma fonte para financiar o dinheiro destinado para o pagamento do prêmio de subvenção do seguro por parte do governo. Ele propõe que sejam utilizados recursos dos precatórios. Uma outra alternativa seria utilizar dinheiro que será obtido através do novo Refis que tem uma receita extraordinária estimada de R$ 13 bilhões este ano. O deputado entende, no entanto, que são duas propostas difíceis para serem negociadas mas possíveis para se obter uma receita para pagamento do seguro.
O assunto foi tratado em encontros com o todo o setor e as lideranças políticas nesta segunda-feira,0-5/06, em Vacaria, na empresa Rasip e na sede do CTG Porteira do Rio Grande. O presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã Eliseu Zardo Boeno observa que sem o prêmio de subvenção do seguro o setor irá a falência rapidamente.
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