Com a participação de mais de 250 pessoas no final do mês de março a Aldeia Pinhalzinho sediou o Encontro Microrregional de Mulheres Indígenas, em Planalto.  A Assistência Social de Planalto, através do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), juntamente com a Emater/RS-Ascar, promoveu o encontro que reuniu mulheres das comunidades indígenas de Planalto, Nonoai, Gramado dos Loureiros e Rio dos Índios.

A temática do encontro enfocou o papel que a mulher desempenha na manutenção da cultura indígena. Para trabalhar a reflexão sobre a importância da presença da mulher na manutenção da cultura indígena foi convidada a professora e vereadora do município de Nonoai, Rosa Maria Nunes Barbiero.

"A mulher é protagonista de todos os movimentos sociais e culturais, em toda a história a mulher está sempre presente. A mulher é responsável pela transmissão da cultura indígena, através da criação dos filhos e no comportamento das famílias. As grandes e verdadeiras chefes das comunidades indígenas são as mulheres, pois não se desfazem da cultura. Essa é uma cultura milenar, não pode ser esquecida. Povo que não tem cultura acaba por ser escravo. Se não mantivermos nossas raízes e cultura, perderemos nossa identidade", exclamou Rosa.

Apresentações culturais dos alunos das escolas das comunidades indígenas fizeram parte da programação. Demais autoridades locais participaram do encontro, como o representante do cacique da Aldeia Pinhalzinho, Argemiro Tomás Pereira, o prefeito de Planalto, Antônio Carlos Damin, entre outras.

O gerente adjunto da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Mario Coelho da Silva, salientou o trabalho realizado pela instituição com o público indígena. "Respeitar cada cultura, buscando o crescimento das famílias, essa é a nossa missão e o trabalho que realizamos com as comunidades indígenas".

 Em Nonoai, são 150 famílias atendidas, 160 no município de Planalto, cerca de 80 em Gramado dos Loureiros e 40 em Rio dos Índios. Destas, 257 são beneficiárias do Programa Brasil Sem Miséria, que busca a erradicação da pobreza extrema, através da inclusão das famílias, possibilitando a geração de renda e melhoria na qualidade de vida. Assuntos como produção para subsistência, habitação, segurança alimentar, questões ambientais, saúde, acesso a políticas públicas, entre outras, são trabalhadas com esse público.