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Colheita da soja atinge 20% das lavouras no RS

por Ivan Sgarabotto

as primeiras áreas colhidas vêm apresentando rendimentos dentro das expectativas e variando a cada região analisada

Foto: Divulgação

A colheita da soja se processou de forma bastante intensa nesta última semana, tendo aumentado 11 pontos percentuais, chegando a 20% do total semeado. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar recentemente, as primeiras áreas colhidas vêm apresentando rendimentos dentro das expectativas e variando a cada região analisada.

Nas localidades afetadas por falta de chuvas mais abundantes neste final de ciclo, os rendimentos variam entre 35 e 40 sacas/ha (2,1 a 2,4 mil kg/ha). Entretanto, em municípios onde as precipitações não comprometeram o desenvolvimento da cultura, os rendimentos têm ficado em torno de 60 sacas/ha (3,6 mil kg/ha). A média geral para o Estado segue ao redor dos 3 mil kg/ha.

Neste final de ciclo, há lavouras que apresentam ataque de lagartas. Assim, alguns produtores são forçados a entrar mais uma vez na lavoura para controlar os focos. Naquelas em estádios mais avançados, as lagartas estão atacando as folhas que restam, não conseguindo danificar vagens, o que pelo menos estanca por ora maiores prejuízos.

Outro distúrbio verificado nas áreas mais tardias é a presença da ferrugem asiática, o que força os produtores a realizarem mais aplicações de fungicidas do que o esperado. No milho, a colheita prossegue e alcança 78% da área. Este aumento poderia ser maior não fosse o interesse dos produtores em retirar a soja com mais rapidez, em detrimento da colheita do milho. Mesmo assim o atual índice coloca esta safra bem à frente da média em termos de colheita.

As produtividades obtidas até aqui têm surpreendido em alguns casos, pois não são raros os que conseguiram produtividades acima dos 10 mil kg/ha, fato que contrabalança com os eventuais casos de lavouras prejudicadas pelo clima, fazendo com que a média estadual se situe, até aqui, ao redor dos 6 mil kg/ha. O clima tem favorecido a colheita do arroz em todas as regiões produtoras do Estado, apesar da ocorrência de algumas chuvas durante parte da semana.

Na média estadual, o percentual atinge 30% da área cultivada, tendo ainda cerca de 40% da área já pronta para ser colhida, uma vez que as lavouras já completaram sua maturação. As produtividades obtidas até aqui variam entre 7,2 mil kg/ha e 8 mil kg/ha, com alguns casos que ultrapassam o limite superior. A qualidade dos grãos também é considerada boa pelos produtores, que não encontram dificuldades ao comercializá-lo.

FRUTíCOLAS

Açaí Juçara - A fruta Açaí Juçara, proveniente das palmeiras nativas conhecidas por Juçara ou Palmiteiro, tem se consolidado, apesar do recente comércio. A cadeia produtiva se direciona para duas linhas de consumo: agroindústrias despolpadoras ou a despolpa em locais de atendimento aos turistas.

A região das Encostas Litorâneas, situadas no Litoral Norte, vem expandindo esta cadeia, ainda em pequenos volumes, mas indicando, a cada ano, potencialidade de venda. A comercialização da fruta na safra passada apresentou em geral valores na ordem de R$ 2,00/kg. A nova safra já deve começar em breve, pois parte das frutas já indica ponto de colheita. Uma das grandes vantagens desta cultura é a amplitude do período de colheita ou safra, o que permite o funcionamento das estruturas ao longo do ano.

Citros - Na região do Vale do Caí, maior região produtora de citros do Rio Grande do Sul, predomina o cultivo de bergamoteiras, que estão em crescimento das frutas, fase em que a boa umidade do solo é crucial para o crescimento das bergamotas. Nesta época, a principal atividade dos citricultores é o raleio das frutas, que é a retirada de parte delas ainda pequenas, para que as que ficam nas plantas tenham um maior crescimento. O excesso de frutas, pela competição por nutrientes, reduz o calibre das mesmas, depreciando-as no comércio. Enquanto o raleio se aproxima do final, inicia a colheita da Satsuma, bergamota sem semente e com baixa acidez, o que permite que seja colhida com a casca ainda verde, e da lima ácida Tahiti, o conhecido limãozinho da caipirinha, para o qual o citricultor está recebendo em média R$ 22,00/cx.

CRIAÇÕES

Pastagens - O campo nativo diminuiu o desenvolvimento, devido à falta de umidade dos solos, principalmente na região da Campanha; mas com o retorno de chuvas deverá se recuperar. Áreas já pastejadas apresentam lenta taxa de rebrote, principalmente aquelas muito rebaixadas pelo corte. As últimas chuvas favoreceram, em muito, o desenvolvimento do campo nativo, propiciando rebrotes mais abrangentes e recuperação das aguadas, o que é importante antes que cheguem as geadas. As pastagens de verão (capim sudão, milheto e sorgo forrageiro), que estão com pouco desenvolvimento, já se aproximam do final de ciclo de produção. Alguns produtores realizaram diferimento de áreas para poderem utilizar sal proteinado no inverno.

Apicultura - Clima adequado para a produção de mel, com intenso trabalho dos enxames. Os apicultores devem estar atentos para o manejo das colmeias a fim de garantir o armazenamento de alimento para o período do inverno, evitando o enfraquecimento dos enxames para o próximo ciclo de produção. Enxames apresentam bom estado sanitário. Continua forte a mortandade de enxames neste período; suspeita-se que seja pelo uso elevado de agrotóxicos nas lavouras de soja. Ocorre o manejo dos apiários para evitar enxameações, a captura de novos enxames e colocação de sobrecaixas. As revisões necessárias foram realizadas nos apiários para preparar os enxames para o inverno. As floradas predominantes são de espécies nativas (carqueja, mata nativa, eucaliptos e canafístula).

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