A produção de uvas em todo o país poderá ser comercializada para as indústrias ao preço mínimo de R$ 1,31 ao quilo, a partir de 1º de janeiro de 2022. A portaria Nº 345, que traz a definição do valor mínimo para a venda do fruto na safra 2021/2022 foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (30).  A resolução foi aprovada na última quinta-feira (25) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Conforme o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Cedenir Postal, o valor ficou abaixo dos R$1,34 calculado para o custo de produção, contudo o reajuste representa um aumento histórico para os produtores:

“Fica um pouco abaixo do que foi apurado enquanto Comissão Interestadual da Uva para o nosso custo de produção, que ficou em R$1,34. Mas, eu diria que foi uma vitória, foram vários meses de muita luta, e fomos contemplados com esse reajuste histórico, porque nunca tivemos um aumento em uma única safra num percentual tão grande, que chegou a 19,09%”.    

A definição do preço mínimo da uva é uma etapa importante para todos os produtores da fruta no País. Por meio dessa política, os agricultores buscam uma garantia de rentabilidade para os seus produtos na comercialização para as indústrias de vinhos, sucos, espumantes e outros derivados. O reajuste anunciado nesta semana irá vigorar até 31 de dezembro de 2022.

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, Postal afirmou que a expectativa dos agricultores é de uma safra de qualidade em 2021/2022, contudo, com o volume de produção menor do que a safra anterior. “A expectativa é de uma safra de qualidade, até porque estamos em um período que não está chovendo muito e não há previsão de muita chuva. E uma quantidade menor do que o ano passado, até porque no ano anterior, foi uma das maiores safras da história com relação ao volume”.