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Um Brasil planejado

Miguel Debiasi

O improviso nem sempre resolve. Melhor planejar que improvisar, orienta a sabedoria popular. As exigências dos novos tempos são diferentes e complexas. O mundo parece mais favorável a quem tem mais capacidade de planejar suas ações. Então, em sociedade competitiva, o planejamento pode nutrir esperanças até aos mais desfavorecidos do sistema.

            Atualmente o sistema capitalista debate-se com a maior crise econômica mundial da história. Tamanha é a crise que muitas empresas fecham suas portas antes mesmo do primeiro ano de sua criação. Os empresários atribuem o fechamento à alta carga tributária ou pelo fato da economia mundial estar ruim. Certo que a economia neoliberal anda em bancarrota, mas talvez o pior disto seja a falta de planejamento. Muitas empresas abrem sem um bom planejamento em setores como produção, vendas e demanda de mercado. Estudos oferecidos pelo setor industrial provam que as empresas não planejam depois de abrir as portas, sendo um sério risco para o empreendimento, devido à alta competitividade do mercado. Em contrapartida, as pequenas empresas e os grupos que definem suas metas e objetivos, traçando planos estratégicos a curto, médio e longo prazo, sobressaem à crise econômica.

O planejamento empresarial não é complicado, apenas consiste num plano com distribuição de obrigações em todos os departamentos da empresa. Isto porque em cada departamento da empresa há uma responsabilidade diferente e de subsidiariedade. Então, o planejamento consiste no conhecimento e na responsabilidade com as metas e objetivos dos colaboradores em cada setor da empresa. Em geral, o fechamento de uma empresa ocorre devido à falta de planejamento.

            Assim como numa empresa o planejamento é a chave do sucesso, com o futuro do país não é diferente. O governo brasileiro poderia propor um planejamento com metas a curto, médio e longo prazo para acabar com a exclusão social, educacional, econômica, o analfabetismo, a mortalidade infantil, o racismo, os privilégios de altos salários, a violência contra a mulher, etc. No planejamento seriam incluídas formas de combate à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, a superação da diferença social, da radicalização da fome, da falta de saneamento básico, de crimes ambientais e ecológicos, da alienação política, a quebra do monopólio dos veículos de comunicação, democratização do poder judiciário, etc. As políticas públicas planejadas podem atuar a favor das minorias, da população carente, não somente da classe privilegiada. Dessa forma, o governo brasileiro poderia colaborar para que haja um entendimento nacional na diversidade política, com respeito à democracia, superando o ódio contra políticos e partidos. Enfim, o planejamento para o bem comum de toda população brasileira.

Sobre o autor

Miguel Debiasi

Frade da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Mestre em Filosofia (Universidade do Vale dos Sinos – São Leopoldo/RS). Mestre em Teologia (Pontifícia Universidade Católica do RS - PUC/RS). Doutor em Teologia (Faculdades EST – São Leopoldo/RS).

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