Rituais de novos começos
Os rituais demarcam a passagem de algo/alguém importantes na nossa vida. Podem ser rituais de inícios, rituais de novos começos, de novos encontros, de etapas significativas, rituais de fins, rituais de partidas: seja pela vida – para outra etapa da vida ou pela morte - rituais de despedidas...
Despedida da amiga que foi embora, ou da amizade que distanciou; da casa que te acolheu por tanto tempo e hoje não mais; da sala que ouviu tantos sussurros; do emprego que tanto gostava; dos colegas de que já não são mais; da saúde que já não tem... Despedida da perda de um amor, de um amigo, da saúde, de partes do corpo, de um objeto material significativo... Despedidas de muitas outras perdas difíceis que te acompanham pelos dias...
O que são ritos de despedida senão etapas construídas que acomodam dentro de si um fato, um amor, algo importante. Servem para “os adeus” que não construímos – pelo menos de imediato... Podem ser realizados em qualquer momento, basta que aquilo ecoe dentro de nós e clame por uma nova etapa...
Rituais de perda, de transformação, de mudança de planos, de novos destinos... abraçam a nossa dor, acolhem a nossa angústia. Dão sentido e significado ao que estamos sentindo.
Sabe aquela perda, aquela que só você sabe o quanto dói...merece de você uma acolhida. Quando estiver pronto para deixar partir quem, ou o que foi muito importante na sua vida, se não teve um adeus, precisa construí-lo. Do seu jeito, com os recursos que tem, e na proporção que aquela perda significa para você...
Assim, vamos construindo rituais, de despedida ou de nova acolhida, mas rituais que acolhem os sentidos, que abraçam a nossa vida e que demarcam novos começos... principalmente que eles nos ajudem guardar confortavelmente dentro de nós o que aconteceu, o que sentimos e proporcione novos recomeços...
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