Queria lhe dar a vida que nunca pode ter, mas não podia. Era ela, que precisava enxergar e alcançar essa ínfima possibilidade... A mim, cabia apenas segurar na sua mão, e não a desamparar.

Queria tanto que ela descobrisse o que para mim hoje é mais tranquilo de direcionar? Desejava encurtar seu caminho, sanar suas dúvidas, abreviar suas dificuldades. Mas, como? Se eu própria demorei muito tempo nesse trajeto e nessa descoberta da vida dentro de mim...

Será que eu precisava salvar alguém, ou era meu orgulho se sobrepondo? será que acreditava que sabia um pouco mais, e isso me pregava peças?

Com o tempo aprendi que cada um tem seus aprendizados, por caminhos diferentes e às vezes solitários, mas cada um possui as suas individualidades.

Esperar o outro nos seus aprendizados, em coisas que hoje são simples pra mim, mas que já foram muito difíceis, é respeitar o tempo dele e, também, é eu me colocar no meu lugar.

Somos eternamente metade à procura de nós mesmos, da nossa outra metade que não conhecemos direito, que permanece obscura, que precisamos desvendar, desvendar um pouco mais. De uma parte de nós que faz muita falta...

Como você está, com essa procura, de partes de si mesmo?