Descobrindo a alegria
Não conseguia desligar-se do desânimo que sentia e que lhe acompanhava pela vida afora – ou melhor, vida adentro...
Por dias, noites, horas, semanas, levava a tristeza passear. Ela era sua única companhia há muito tempo. Não conseguia se desvincular da angústia que por horas sentia. Pra lá, para cá, a tristeza ia aonde quer que ele fosse.
Muitas vezes precisamos também levar a alegria passear. Se ela não estiver ali, tudo bem. Levamos a tristeza daquele momento, para que se dissolva, dissipe em algum lugar do caminho: numa nova paisagem, num novo sentimento, numa palavra, em algum afeto ou qualquer outra coisa que a desarme e a transforme em serena plenitude, em alegria não mascarada, na harmonização de quem passou pela tristeza e viu o despertar da felicidade ali, ao seu alcance.
Prostração, desconsolo, desalento, abatimento... tudo isso a lhe impactar, até descobrir que era capaz de ser feliz também...
Só ele não percebia que a felicidade lhe caía bem!
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