Com as costas arqueadas
Prostrado, ele mostrava quão difícil era seu andar e quantas desilusões precisava carregar. Muitas pedras neste caminho ele necessitava reassentar para encontrar vida em seu viver e poder caminhar.
Nas costas arqueadas, expunha a fragilidade de uma vida e a força que empenhou para continuar acomodando tudo e todos que perto dele seguiam; reinvindicações que não media esforços para atender. Na imensidão de tudo fazer, a tudo acolhia e se encolhia. Ficava evidente que esse peso era maior que sua força.
Força e sentimentos prostrados nele se encontravam, os olhos arqueados, em queda livre caíam a amargar o chão, até que pudesse erguer-se e aprumar seu olhar.
Precisava em algum momento, enxergar o que ainda não tinha visto. Entrar em contato com o muito que deixou para trás e o quanto também se deixou abandonar. A plenitude no seu olhar precisava encontrar.
Ele é humano e, como nós, humanos sensíveis ao que vivemos. Não há estar sempre bem, mas desenvolver maneiras de ficar bem diante de situações que nos fragilizam. Aqui o limite é necessário para nós e para o outro. É ele que ajuda aliviar o peso carregado nas costas.
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