A força da alegria nas pequenas coisas
Naquele dia resolvi que iria me divertir com as pequenas coisas... Isso implicava em aprender a me divertir, a ouvir o som da alegria nascer em mim, de uma maneira que não conhecia, e nem sabia direito como fazer.
Era um novo olhar que necessitava ser construído, mais leve, mais tranquilo, mais confiante, mais sereno.
Era abrir mão do controle, que mantinha entre meus dedos, de que tudo funcionasse numa ordem que havia aprendido como ideal, e não parava para me questionar se realmente era.
Como construir esse olhar leve, se não aprendera? Se tudo era denso e tenso, com o peso do martelo em punho pronto para dar a sentença final. Se meu radar pegava tudo que era mais duro, difícil...
Me nutria, ou melhor me desnutria, com cobranças inúteis, sacrifícios pelo outro, onde eu não existia e nem meu olhar leve...
Compreendi, no caminho da vida, que o olhar sereno sobre o outro e sobre a vida passam por mim. Por me ver, enxergar-me mais tranquilamente... Era deixar a vida seguir o fluxo e permitir que a alegria entre pouco a pouco e ache morada no meu ser.
Afinal, era para as coisas leves que deveria olhar...
Elas me devolveriam o brilho nos olhos, a coragem de continuar, a esperança da jornada e um constante e novo recomeçar...
Comentários