Delegados do RS decidem aumentar pressão sobre governo por melhorias salariais
Baixar ÁudioClasse não vai desempenhar as atribuições originárias da Polícia Federal para crimes eleitorais
Em uma Assembleia realizada na segunda-feira, 22/07, os delegados e delegadas da Polícia Civil do Rio Grande do Sul decidiram intensificar as ações de pressão sobre o governo estadual, incluindo a suspensão de participação nas reuniões do programa RS Seguro. Essa decisão é parte de um conjunto de medidas para reivindicar melhorias salariais e condições de trabalho.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do RS (ASDEP), Delegado Guilherme Wondracek, explicou em entrevista à Tua Rádio Cacique que a suspensão das entrevistas e a comunicação restrita com a imprensa não resultaram em avanços significativos nas negociações com o governo. "Nosso pleito é por uma recomposição salarial que cubra as perdas inflacionárias de 64%, mas a proposta atual do governo é de apenas 12%, parcelada", afirmou Wondracek.
O delegado destacou que os profissionais enfrentam uma defasagem salarial significativa e um aumento na alíquota previdenciária que agravou ainda mais a situação. "Estamos trabalhando com uma baixa remuneração e sem compensação por horas extras. Precisamos de uma solução que valorize o nosso trabalho e nos permita desempenhar nossas funções de forma digna", disse.
Além da suspensão das entrevistas, os delegados decidiram não mais ministrar aulas na Academia de Polícia Civil (Acadepol) e sinalizaram que não vão desempenhar as atribuições originárias da Polícia Federal para crimes eleitorais. Essas medidas são parte de uma estratégia de pressão enquanto se buscam negociações mais favoráveis.
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