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Estado confirma nova etapa de enfrentamento a Covid-19 com o distanciamento social controlado

por Ana Lúcia Jacomini

Governo afirma, porém, que não se trata de uma volta à normalidade

Decisões são tomadas a partir de dados científicos, como projeções de avanço da doença
Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

O governo do Estado apresentou, nesta terça-feira, 21/04, um primeiro modelo do distanciamento social controlado, que deve ser adotado no Rio Grande do Sul a partir de maio. Em transmissão diária ao vivo, o governador Eduardo Leite explicou as diretrizes e ressaltou que o modelo não corresponde a uma flexibilização aleatória, a uma abertura desordenada ou a uma volta à normalidade.

O distanciamento social controlado vem sendo discutido há semanas pelo Executivo. Na primeira fase de combate ao coronavírus, foi necessário adotar medidas restritivas uniformes, cuja intenção foi evitar que a doença se espalhasse e que houvesse um número muito alto de infectados. No entanto, cerca de 40 dias depois de o Rio Grande do Sul registrar o primeiro caso confirmado, o Estado já tem informações sobre o comportamento do vírus. Além disso, está munido de uma base de dados abrangente, que inclui resultados da pesquisa que vem sendo aplicada, coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), e informações do novo sistema de controle de leitos, que monitora informações, em tempo real, de 300 hospitais gaúchos.

A partir desses dados e sempre levando em consideração evidências científicas, o distanciamento social controlado se baseia em níveis de restrição, que serão aplicados conforme a região do Estado e o setor econômico. Isso se justifica porque, no entendimento do Executivo, as regiões do Estado apresentam diferentes velocidades de transmissão e contam com estruturas diferenciadas de atendimento. Sendo assim, o nível de distanciamento será controlado pela capacidade de resposta de saúde e pelo comportamento da pandemia no território. Divididas em níveis de risco – baixo, médio/baixo, médio e alto –, a capacidade de resposta será constantemente monitorada, podendo ser alterada conforme a evolução de casos.

Focado na preservação de vidas, o Estado não deixa de lado a preocupação com a economia, afetada pela pandemia. Sendo assim, o distanciamento controlado será adotado com restrições estabelecidas de maneira específica para cada setor econômico, levando em consideração os riscos de transmissão impostos pela atividade e a importância econômica de cada um. Os setores serão divididos em seis grupos - varejo (vestuário, informática, etc.), construção, indústria/agricultura, eventos, serviços essenciais e educação.

Por fim, o Executivo definirá protocolos a serem respeitados pelos municípios e pelos diferentes setores econômicos. As medidas incluem o que vem sendo adotado até agora - distanciamento entre as pessoas, hábitos de higiene, restrição de horários e revezamento de pessoal -, mas novas obrigações terão de ser adotadas. Vale lembrar que todos os indicadores serão constantemente monitorados e uma região ou um setor pode se encontrar em um nível e, com o passar do tempo, ter de se adaptar a novas restrições, mais rígidas ou mais flexíveis.

Clique aqui e acesse o documento com o Modelo de Distanciamento Controlado no RS

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