Casos de mão-pé-boca geram alerta na Serra. Garibaldi também registra atendimento desta doença em crianças causada por um vírus
Casos da síndrome mão-pé-boca têm deixado os pais em alerta nas cidades da Serra gaúcha. A doença, que geralmente acomete crianças em idade escolar, é transmitida por meio de um vírus coxsackie. A enfermidade se caracteriza, principalmente, pela erupção de bolhas nas mãos, pés e boca (de onde vem o nome), bem como surgimento de lesões nas nádegas e na região genital, além de febre alta, mal-estar e falta de apetite. Em Garibaldi, os casos são isoladas, mas a Secretaria Municipal de Saúde está oferendo orientações de prevenção.
Em Bento Gonçalves, já foram 320 atendimentos de 1° de julho até quarta-feira, 19.10, conforme dados repassados pela prefeitura ao Jornal Pioneiro.
Em Farroupilha, a Vigilância Epidemiológica do município registrou sete casos em seis dias, todos em crianças.
Bastante contagiosa, a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é transmitida por contato direto com fezes, saliva e outras secreções da pessoa infectada. Também pode ser adquirida por meio de alimentos ou objetos contaminados com o vírus.
Embora seja mais comum em crianças até cinco anos, adultos também estão suscetíveis à doença. Após o diagnóstico, é recomendado, no mínimo, isolamento de sete dias, o que exclui, por consequência, o convívio escolar ou qualquer outra atividade em grupo.
Na maioria dos casos, são tratados apenas os sintomas como febre e coceira. Não há remédio ou vacina para a doença.
Sintomas
- Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões.
- Aparecimento de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro na boca, nas amídalas e na faringe. As manchas podem evoluir para ulcerações muito dolorosas.
- Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.
- Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia.
- Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.
Medidas de prevenção e controle
- Manter uma boa higiene e um sistema de ventilação adequado em locais fechados.
- Lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro (pois o vírus também é eliminado pelas fezes) e antes de manusear alimentos.
- Nas creches, é preciso ter muito cuidado com higiene das mãos na hora de trocar as fraldas, para que os profissionais não transmitam o vírus de uma criança para a outra.
- Afastar as pessoas contaminadas de suas atividades de trabalho e escola, até o desaparecimento dos sintomas.
- Retirar da sala brinquedos cujo material seja de difícil higienização (exemplo: bichos de pelúcia e objetos semelhantes) durante o período de ocorrência do surto.
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.
- Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar).
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.
- Trocar e lavar diariamente as roupas comuns e roupas de cama de doentes, pois podem ser fontes de contágio.
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