Mulher vitimada com a Covid-19 morava em Garibaldi há 15 anos
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“A mãe era uma excelente cozinheira, uma mulher sempre disposta, gostava de passear, tranquila e com muito amor pela família e as flores”, resume o filho mais novo Tiago. E um dos pratos que ele adorava e que ela era especialista: galinhada com maionese.
Neida Santos do Nascimento, 70 anos, era natural de Lagoa Bonita do Sul. Após conhecer o seu esposo Evaldo Camargo do Nascimento morou em Novo Hamburgo, onde trabalhava no setor de calçados.
O marido era construtor, mas foi acometido por uma doença, Mal de Parkinson e teve outras complicações que o obrigou a parar de trabalhar e a família então decidiu trocar de endereço, buscando maior sossego para poder cuidar dele. Inicialmente se estabeleceram em São Roque Figueira de Mello e depois compraram uma casa no bairro São Francisco, em Garibaldi. O pai é acamado e era cuidado por ela e pelo filho do meio.
Tiago diz que a mãe sofria de diabete e hipertensão, mas com o tratamento, insulina e remédios, estava com as doenças controladas e levava uma vida tranquila até que foi acometida pelo vírus. Logo começou a apresentar quadro respiratório significativo, falta de ar e complicações.
Ficou internada 17 dias e veio a óbito, na madrugada do dia 20 de maio, no hospital universitário de Canoas. Como os familiares possuem um jazigo subterrâneo no cemitério Parque Jardim da Memória de Novo Hamburgo, seu corpo foi sepultado lá, nesta quarta-feira, às 9h. O pai também teve coronavírus, ficou internado no HBSP e melhorou, mas ela não teve a mesma sorte. Os familiares não sabem informar como eles contraíram o vírus, porque desde o surgimento da pandemia ficaram em casa. Os demais familiares acusaram negativo para a doença.
Ela deixa o esposo Evaldo, os filhos Susana Camargo do Nascimento, Marcos Antônio do Nascimento e Tiago Camargo do Nascimento, além de oito netos e três bisnetos.
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