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O que é medo? O que é ansiedade?

Baixar Áudio por Denise Furlanetto

Saúde e Bem Estar aborda o tema com o psiquiatra e epidemiologista Daniel Maffasioli Gonçalves

Foto: Divulgação

 

No Saúde e Bem Estar deste sábado, dia 2.05, o assunto é Ansiedade e Pandemia. Participação do psiquiatra e epidemiologista Daniel Maffasioli Gonçalves. Antes de entrarmos no tema, o médico falou que 25% da população adulta sofre de algum transtorno psiquiátrico e se sente sozinha e envergonhada.

São diferentes transtornos prevalentes, inclua-se aí as dependências de álcool e drogas, diz o médico. As pessoas não tem vergonha de dizer que tem diabetes, por exemplo, mas tem receio de dizer que tem depressão. O médico ressalta que transtornos psiquiátricos são mais prevalentes que muitas outras doenças e que as pessoas não precisam se sentir sozinhas, existe tratamento para isso.

Quanto ao sentimento de que estamos vivendo de ansiedade, diz o psiquiatra é normal diante desta pandemia que nos oferece muita preocupação de um inimigo invisível e que nunca vivemos situação semelhante.

- Esse momento é natural que as pessoas estejam com maiores níveis de ansiedade, porque estão trancadas, não se pode fazer o que se fazia antes. É preciso usar máscaras, se proteger e ainda vem a insegurança do futuro, em relação a economia e aos empregos-, diz ele.

Ter um pouco de medo é bom, porque justamente este medo faz com que você use a máscara, não sai tanto de casa, e cuide de seus familiares, medo é proteção.

Mas a partir do momento, em que esse sentimento normal passa para um medo exagerado, acende uma luz de preocupação que necessita de tratamento, pois a pessoa poderá entrar em sofrimento e isso causar problemas no funcionamento do seu metabolismo, não conseguindo dormir direito, baixando a sua imunidade e até apresentando dificuldade de concentração.

- Quando os seus sintomas forem exagerados, acima do que deveria estar para a situação, quando os sintomas causam sofrimentos que interferem no dia a dia, é hora de buscar tratamento-, complementa.

Por outro lado, esta epidemia está trazendo aspectos positivos nas famílias, em exemplos de solidariedade, de ajuda. Pais se tornando mais íntimos com seus filhos. Pessoas ajudando outras mais necessitadas e fazendo o bem, auxiliando quem precisa.

- Se a vida te der um limão faça disso uma limonada- , diz o médico.

Uma dica é que as pessoas não deixem este tempo ocioso, se ocupem, façam coisas que não fariam se a vida fosse normal. Isso previne a ansiedade e também, com certeza, depois que tudo passar, o ser humano vai dar valor as pequenas coisas, como uma caminhada, um passeio. Essa quarentena vai nos ensinar muita coisa.

-Você passa uma vida buscando objetivos, grandes planos para ser feliz, onde a felicidade está nas pequenas coisas-  fala.

Como epidemiologista, ele deixa o recado que esse mês de maio é fundamental que a gente se cuide, porque os casos de coronavírus vão crescer.

- Sempre reforçando, a gente está chegando no pico da pandemia. Está mais forte que antes e tem uma estimativa de que o número de diagnósticos estão inferiores a realidade. Temos que ter paciência e calma, vamos ser produtivos e nos cuidar. Precisamos tomar os cuidados necessários para evitar que essa pandemia chegue até a gente, mas isso depende de cada um-, finaliza.

Acompanhe a entrevista em escute a notícia

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