A partilha realiza grandes milagres.
17º Domingo do Tempo Comum 28/07/2024
DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM – 28/07/2024
A partilha realiza grandes milagres.
ACOLHIDA
Animador: A fé e o amor que hoje nos reúnem, iluminem nosso encontro com Deus e com os irmãos. Aqui encontramos a mesa da palavra e a mesa do pão partilhado, onde Jesus se oferece no banquete da amizade e da alegria. O povo está faminto. Jesus tem compaixão e pede colaboração de todos. E o milagre acontece. O pouco de cada um, colocado na mesma mesa, alimenta a todos e ainda sobra. Tão simples e tão grandioso o ensinamento de hoje. Iniciemos, motivados, cantando enquanto recebemos a procissão de entrada cantando.
ATO PENITENCIAL
Presidente: Quando o pão é partilhado, tem gosto de amor. Quando é acumulado, gera a morte e traz a dor. O empobrecimento de multidões é resultado do egoísmo e do pecado.
- Os corações endurecidos se tornam insensíveis às necessidades dos irmãos. Senhor, tende piedade de nós!
- A mentalidade capitalista e consumista pensa que a felicidade está em acumular mais e mais. Cristo, tende piedade de nós.
- Mãos fechadas na ganância empobrecem a pessoa e fazem a humanidade sofrer. Senhor, tende piedade de nós.
GLÓRIA
Animador: O pão partilhado tem gosto de amor. Pelas lições de Cristo e pelas pessoas que partilham a vida e os dons, cantemos.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura: 2Rs 4,42-44
Salmo Responsorial: Sacia vossos filhos, ó Senhor.
Segunda Leitura: Ef 4,1-6
Evangelho: Jo 6,1-15
REFLEXÃO
- A partilha é o tema primordial que une as leituras deste domingo e nos une como irmãos na comunidade dos fiéis. Sem partilha não há solidariedade, e sem solidariedade não haverá comunidade. Somente pela solidariedade, vivida na partilha, conseguiremos um mundo melhor, onde não haja mais fome e miséria. Quando vemos um país de muitos miseráveis, como o Brasil, logo sabemos que existe pouca partilha, pouca solidariedade.
- Não é por nada que o texto da “partilha dos pães”, aparece seis vezes no Evangelho. A partilha do pão e da vida é a mais clara expressão do amor, que deve ser a identidade dos cristãos. A partilha se opõe ao egoísmo, à indiferença e à ganância, males que excluem, descartam muitos do direito à mesa da vida, ao mínimo necessário a uma vida digna. Pão partilhado é pão abençoado. Pão acumulado é pão amaldiçoado. “Estive com fome e me destes de comer... por isso, vinde benditos do meu Pai, tomai posse do Reino preparado para vós”, diz Jesus.
- O endeusamento da riqueza torna as pessoas insensíveis, insatisfeitas e eternamente insaciáveis. A consequência do acúmulo da parte de alguns é a fome, a miséria e o sofrimento de muitos. Quem é movido pela ganância desenfreada, pode, por vezes, até doar o que sobra, o que não serve mais. Há pessoas que doam, mas não partilham. Partilhar é dar aos outros aquilo que nos é importante. Jesus está às margens do mar da Galileia. As margens do mar representa o campo da missão. Nesse campo de missão, há muitos necessitados, uma multidão. Era a multidão que seguia Jesus porque enxergava nele a esperança de um mundo novo, sem misérias, sem tanto sofrimento. Jesus engue os olhos e enxerga esta multidão. É preciso erguer os olhos para enxergar a multidão. Quando olhamos somente para o nosso umbigo, não enxergamos as necessidades de nossos irmãos, muitas vezes jogados á beira do caminho. Jesus vendo aquela multidão sente compaixão, sente no seu próprio coração a dor, o sofrimento e a miséria daquela gente. Somente quem sente compaixão é capaz de buscar uma solução para o problema. E a solução é sempre a partilha. Quem sente compaixão faz qualquer coisa para diminuir ou erradicar o sofrimento do outro, e sem medo, profeticamente busca combater as causas desse sofrimento: um sistema social, político e econômico perverso que exclui e mata. Jesus através da partilha dos pães e dos peixes nos mostra que não falta comida no mundo. O que falta é colocá-la na mesa comum. Quando os bens e os dons são partilhados fraternalmente, tem para todos e ainda sobra.
- É importante dar-se conta que deste mundo não levaremos nada a não ser as boas obras, os gestos de amor, de solidariedade, de partilha, de fraternidade. Estes gestos serão o critério de nosso julgamento final: o que tivermos feito ou deixado de fazer pela vida de nossos irmãos e irmãs.
PRECES DA COMUNIDADE
Presidente: Se a luz do Evangelho iluminar o caminho dos homens, a Terra será sempre a grande mãe fecunda de bens para todos os filhos. Depois de cada prece digamos: Senhor, ensinai-nos a partilhar.
- Pela Igreja, para que seja sinal para todos os que têm fome de pão e de vida e, pela força da palavra de Deus, possa cativar a todos para a construção de um mundo mais justo e solidário, pedimos.
- Quem partilha de coração compassivo, recebe o dobro em alegrias. Para que percebamos a alegria de partilhar, pedimos.
- Quando não houver desperdício, não haverá miséria. E onde houver necessitados, não faltará quem os socorra. Para que aprendamos as lições de Jesus e vivamos essas verdades, pedimos.
- Para que a Terra e os frutos dela produzidos pelo trabalho honesto e respeitoso para com a criação, possam ser distribuídos com justiça e fraternidade, pedimos.
OFERTÓRIO
Animador: Quando o pão é partilhado passa a ter gosto de amor e gera alegria. Na oferta do Pão e o Vinho, ofereçamos nossa disposição de partilhar o que temos e somos. Cantemos.
COMUNHÃO
Animador: No altar da Eucaristia o Senhor nos ensina que o amor é verdadeiro quando a vida se doar. Vamos repartindo a palavra e o pão e assim os milagres acontecerão. Cantemos.
Autor: Frei Carlos Raimundo Rockenbach - OfmCap
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