No último dia 10, foi lembrado o dia mundial de prevenção ao suicídio, o que remete a uma série de atividades durante o mês, denominado “Setembro Amarelo”, que visa aprofundar essa questão, onde a principal reflexão é sobre a valorização da vida. O programa Razões da Fé deste domingo, convida à todos para refletir sobre o tema. Foram convidados, o frei Armindo Festa – orientador espiritual da paróquia Imaculada Conceição de Caxias do Sul, Marlene Maria – psicóloga, professora universitária, coordenadora de Programa de Qualidade de Vida e Jader – coordenador do Centro de Valorização da Vida.

O programa vai ao ar às 22h na RedeSul de rádio, São Francisco de Caxias do Sul, Fátima de Vacaria, Cacique de Lagoa Vermelha, Alvorada de Marau, Veranense de Veranópolis, Garibaldi de Garibaldi, Maristela de Torres, Sarandi de Sarandi, Cristal de Soledade, Rosário de Serafina Corrêa, Aurora de Guaporé, Cultura de Campos Novos. Transmitem também esse programa a rádio Miriam de Farroupilha e Webradio Migrantes.

Texto para reflexão

Países do mundo inteiro têm utilizado o dia 10 de setembro como dia de combate e prevenção ao suicídio. A importância da data se deve a estimativa da OMS – Organização Mundial da Saúde de que nos últimos 45 anos a taxa de suicídio cresceu 60% no mundo. A cada ano, 1 milhão de pessoas tiram a própria vida, o que corresponde a uma taxa de mortalidade de 16 por 100 mil habitantes, o mesmo que uma morte a cada 40 segundos, número que pode dobrar até 2020.

O jornalista André Trigueiro, pesquisador do assunto, em artigo ao Correio Fraterno, garantiu que o suicídio é prevenível em 90 por cento dos casos. No Brasil, casos equivalem a uma ocorrência por hora, chegando a 4,9 por 100 mil habitantes, segundo dados Mapa da Violência 2011 do Instituto Sangari, mas número real é ainda maior, visto que muitas vezes estes casos são relatados como mortes acidentais.

Ao celebrar-se, na Igreja, o Ano da Fé, tem-se necessariamente a obrigação de refletir sobre os grandes valores que a fé cristã defende e promove. Entre estes está, o valor da vida humana. Para aprofundar a reflexão sobre a vida, o melhor estudo foi feito por João Paulo II, na Encíclica O Evangelho da Vida.

Desde os primeiros dias do seu pontificado, João Paulo II começou a pensar escrever uma encíclica sobre a vida. Contactou muitas instituições científicas, reuniu peritos de mentalidades diversas, pediu às conferências episcopais de todo o mundo que se pronunciassem sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana. Recolhendo todos os elementos essenciais ao estudo da vida, João Paulo II escreveu então a Encíclica O Evangelho da Vida.

Num tempo em que a vida humana é muito relativizada, apesar de ser considerada inviolável na Carta dos Direitos do Homem, a Igreja aparece como defensora acérrima do direito à vida, desde a concepção até à morte natural. A cultura da morte é dominante no mundo atual, o que multiplica as ameaças à vida. Por diversas razões, a vida humana é sacrificada.