Monsenhor Urbano Zilles diz que faltam referências para os jovens
Incentiva os movimentos da Igreja como referência para formação dos jovens no campo da moral e ética
Nas comemorações dos 40 anos de existência do Emaús de Garibaldi, participou de palestra na sala de reuniões do Rex, nesta segunda-feira, dia 10/07 o monsenhor Urbano Zilles. Ele é doutor em Filosofia e pároco da Igreja Maronita em Porto Alegre.
Zilles foi o introdutor dos grupos de Emaús da Diocese de Caxias do Sul. Segundo ele, esses movimentos surgiram, no final da década de 60, para dar a oportunidade aos jovens externarem seus anseios, diante de momento político brasileiro que não permitia a liberdade de expressão. E na igreja, esses jovens se reuniam não somente para rezar, mas para expressar seus pensamentos. E o Movimento Emaús, segundo ele, se baseou em quatro pilares: piedade, estudo, ação e lazer. Esses movimentos devem ser incentivados, diz o monsenhor, para que o jovem receba noções de ética e de respeito ao outro, um campo que estamos extremamente carentes. Outra dificuldade que estamos vivendo é que a juventude não tem mais boas referências, não tem ideal de vida, não pratica boas leituras e há falta de limites na educação. Infelizmente, diz monsenhor, não há perspectiva para sairmos desta situação tão cedo, em função destas inversões de valores, e dos exemplos dos próprios governantes acusados de corrupção.
Também há uma desejo entre as pessoas de se tornarem poderosas, de forma imediata, não basta trabalhar e ter uma vida regrada é preciso ter mais e mais. As escolas que hoje são voltadas a transmissão de conhecimentos precisam se atualizar e preparar os jovens para serem pessoas com ética.
Urbano Zilles foi nomeado Monsenhor em 1981 pelo Papa João Paulo II. É professor Emérito da PUC/RS. Orientador de dissertações de mestrado e teses de doutorado. Autor de mais de 30 livros. O Movimento Emaús de Porto Alegre está sob sua orientação espiritual desde 1973. Em todos esses anos ele dedica-se com muito zelo e carinho pelo movimento.
Acompanhe a entrevista na íntegra em escute a notícia.
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