Os Santos e Santas de hoje
Comentário de frei Aldo Colombo
Junho, no dizer do povo, é o Mês dos Santos. E isto porque o Calendário Litúrgico assinala alguns dos grandes santos da Igreja. Os mais conhecidos: Santo Antônio – dia 13 – São João – dia 24 e Pedro e São Paulo – dia 29. Embora há os que desconfiam de idolatria, o conceito de santidade e santos está na Bíblia.
Só Deus é santo e Ele envolve em sua santidade os homens e mulheres que assumem seu projeto. Paulo apóstolo saúda “todos os santos que se encontram na Acaia inteira” ( 2 Cor, 1,1 ) Na mesma carta, Paulo mostra sua tristeza por determinas realidades vividas pela comunidade. Ser santo não ser impecável. Na história do Cristianismo encontramos figuras monumentais de santos, que tiveram pesadas sombras em sua vida. É o caso de Pedro que, por três vezes, traiu o Mestre. É o caso de Agostinho que passou os primeiros trinta anos em pecados e desordens. Mas eles foram mais fortes que o seu pecado e deixaram que a graça os santificassem.
Ser santo é levar Deus a sério. É assumir o projeto de Jesus, na comunidade, como discípulos, numa Igreja santa e pecadora. O pecado – com maior ou menos gravidade - faz parte das possibilidades humanas. Quando acontece, o fiel sabe que pode recorrer à misericórdia do Pai. Ele é maior que o nosso pecado e nos perdoa “setenta vezes sete”, isto é, sempre.
A Igreja declara santos, alguns dos grandes personagens de comunidade cristã. Eles sãos santos no Céu, porque foram santos na Terra. O Livro do Apocalipse fala da grande multidão dos assinalados, que ninguém podia contar, que passaram pela grande tribulação. E porque superaram a tribulação estão hoje na Pátria definitiva.
Santos não são apenas os que assim foram declarados pela Igreja. De muitos não sabemos nem seus nomes, nem conhecemos suas vidas. Em nossos antepassados podemos identificar o rosto de santos e santas. Eles viveram na simplicidade sua Fé. Não fizeram milagres, nem isto se faz necessário. Eles assumiram o grande milagre do Amor.
Em Pedro e Paulo vemos as colunas da Igreja. Pedro representa a fidelidade, a instituição; Paulo representa a Missão. Venerar os santos significa assumir, um pouco o seu rosto. No caso, para nós, a fidelidade de Pedro e o ardor missionário de Paulo.
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