Deputados aprovam propostas que dificultam mudanças no hino gaúcho
O tema ganhou grandes proporções após o protesto de vereadores de Porto Alegre, em 2021
Foto: Divulgação/ALRS
Entrando na terceira semana de debates, nesta terça-feira, 11 de julho, a Assembleia Legislativa aprovou duas propostas que têm o mesmo objetivo: dificultar eventuais mudanças no Hino Rio-grandense. Atualmente, não tramitam no Legislativo projetos para alterar o hino e demais símbolos do Estado.
A primeira matéria aprovada foi uma proposta, de autoria do deputado Rodrigo Lorenzoni e mais 19 parlamentares, que inclui a defesa dos símbolos oficiais na Constituição gaúcha. Foram 38 votos favoráveis e 13 contrários na votação em primeiro turno — o texto precisará ser votado novamente, em segundo turno, por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC).
A segunda proposta aprovada também dificulta mudanças no hino, ao prever que qualquer tentativa de alteração nos símbolos oficiais precisa passar, primeiro, por um referendo popular. O projeto, aprovado com 39 votos favoráveis e 13 contrários, é de autoria do deputado Luiz Marenco (PDT). Em ambos os casos, as propostas foram aprovadas com apoio de PDT, PL, Republicanos, MDB, PP, entre outros partidos. Os contrários, nos dois casos, foram parlamentares do PT, PCdoB e PSOL.
O tema ganhou grandes proporções após o protesto de vereadores de Porto Alegre, em 2021, criticando o trecho: "povo que não tem virtude acaba por ser escravo", alegando ter conotações racistas. Houve sinalização de que a questão seria levada a assembleia por parte do deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT) que tornou pública sua intenção de apresentar projeto de lei que mudava o verso para "povo que não tem virtude acaba por escravizar", mas acabou não levando a proposta à frente.
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