Eduardo Colombo na Tribuna Empresarial CIC: “O mais difícil nas empresas é fazer o simples”
Sucessor de Adelino Colombo, fundador do grupo e falecido em 2021, o neto foi preparado pelo avô desde criança para liderar
O CEO das Lojas Colombo, Eduardo Colombo, esteve na Câmara de Indústria e Comércio (CIC) de Garibaldi, nesta terça-feira, 28/02, durante a primeira edição de 2023 do Tribuna Empresarial. Sucessor de Adelino Colombo, fundador do grupo, falecido em 2021, o neto Eduardo foi preparado pelo avô desde criança para liderar. Começou a trabalhar como digitador de guias de pagamentos aos 13 anos. Em seguida passou a auxiliar de almoxarifado e, em seguida, a vendedor de loja. Antes do falecimento de Adelino, ocupava a vice-presidência.
Com a lição de que o Comércio é feito de pessoas para pessoas, o CEO das Lojas Colombo enfatizou que é preciso descomplicar a empresa, fazer o simples e entregar o básico bem feito. “O mais difícil nas empresas é fazer o simples. Tem muita gente que se baseia só em teorias para complicar”, falou.
Sobre a sucessão de liderança em uma empresa familiar, Eduardo salientou que ela deve ser feita para quem tem maior aptidão em assumir os destinos do negócio e simplesmente ir passando de geração para geração. “A empresa não pode ser escrava da família e a família não pode ser escrava da empresa”, resumiu.
Sempre com a máxima do avô como meta, Eduardo segue a regra de que 'sempre dá para fazer melhor’. “Atuamos em um mercado com muita concorrência, vendendo móveis, eletros, televisores e celulares. Então, se não fizer diferente, ficará difícil ter competitividade”, explicou.
Para ele, uma empresa não pode estar focada somente em preço, sob risco de não entregar nada além de produtos o que coloca em risco o seu futuro. Com lojas em mais de 240 cidades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e, recentemente, no Mato Grosso do Sul, Colombo salienta que o e-Commerce só funciona se tiver uma loja física por trás. Porém, salientou que o mercado eletrônico no Brasil vai passar por mudanças significativas para poder amadurecer. E isso significa que o valor e os custos da conveniência da compra on-line passarão a ser incorporados ao preço final.
Pragmático, afirmou que as empresas precisam ser sustentáveis e fugir da armadilha de manter uma imagem às custas da sua existência. “Vamos fechar todas as lojas de shoppings, porque elas não se pagam. Precisamos trabalhar em cima daquilo que traz rentabilidade, com coragem, resiliência e persistência”.
Colombo, que também é presidente da CDL Caxias, finalizou destacando que o país vive um momento conturbado. “Estamos diante de inseguranças econômica, política e jurídica. Não se consegue mais planejar a longo prazo. Mas são nos momentos adversos que as soluções aparecem”, concluiu.
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