Agressores de mulheres em situação de violência passam a receber tornozeleiras eletrônicas em Garibaldi
Esse sistema será adotado nos próximos dias em Garibaldi
Em um trabalho conjunto entre Poder Judiciário, Delegacia de Polícia e Brigada Militar, a partir de agora agressores de mulheres receberão tornozeleiras eletrônicas. Garibaldi, através da Delegacia de Polícia local, aderiu ao projeto Monitoramento do Agressor. É a primeira cidade da região da Serra a adotar este sistema.
Pelo Estado, este monitoramento acontece em Porto Alegre, Canoas, Rio Grande. O objetivo é instalar tornozeleiras eletrônicas em agressores para evitar que se aproximem de vítimas amparadas por medidas protetivas de urgência, deferidas pela Justiça, com base na Lei Maria Penha.
De acordo com o delegado Clóvis Rodrigues de Souza, os equipamentos devem ser instalados nos próximos dias. Segundo ele, isto representa uma ferramenta importante para a Polícia Civil garantir proteção a mulheres vítimas de abuso e violência. A Escrivã de Polícia, Fernanda Jardim, diz que o todo o monitoramento do agressor será feito pela Brigada Militar.
Esse projeto de Monitoramento do Agressor é uma iniciativa do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, sob a coordenação do RS Seguro. A ideia é desenvolver uma estratégia pública padronizada para aperfeiçoar a rede de monitoramento de casos de violência doméstica no estado. De acordo com a Secretaria Estadual da Segurança Pública, a vítima recebe um celular com o aplicativo interligado ao aparelho usado pelo agressor.
No monitoramento, se ocorrer aproximação à vítima, o equipamento emite um alerta. Caso o agressor não recue e ultrapasse o raio de distanciamento determinado pela medida protetiva, o aplicativo mostrará um mapa em tempo real e alertará novamente a vítima e a central de monitoramento, sob responsabilidade da Brigada Militar será acionada. Após este segundo alerta, a guarnição da BM mais próxima, irá se dirigir para o local. O aplicativo foi programado para não ser desinstalado, além de permitir o cadastro de familiares e pessoas de confiança que a vítima possa estabelecer contato para casos de urgência.
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