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Relato do garibaldense sobrevivente do deslizamento da cabeceira da ponte Ernesto Dornelles é assunto do Saúde e Bem-estar

Baixar Áudio por Denise Furlanetto

Ouça a história de Mateus Piovesana

Foto: Divulgação

Mateus Piovesana, 35 anos, é um exemplo de vida, de luta e de vitória. O caminhoneiro saiu de casa no dia primeiro de maio e só voltou ao convívio da família no dia 15 de julho. Ele foi homenageado, na sua alta, pela equipe do hospital Tacchini com um corredor humano, quando foi aplaudido por todos os profissionais de saúde com quem ele conviveu por 73 dias e na realização de 16 procedimentos.

O sobrevivente teve amputada uma perna e o pé da outra. “Em nenhum momento pensei em morrer, eu só pensava na minha família, meus pais, minha esposa e meus filhos (menina de 3 anos e menino de 1 ano e 4 meses) que foram a razão da minha luta”, diz Mateus.

Em casa está se adaptando, aos poucos, com esta nova realidade, conseguindo sair da cama e se sentar na cadeira de rodas e conquistando a mobilidade dentro dos ambientes, mas já pensa no futuro. Está pesquisando e se inteirando sobre prótese para assim voltar a ter autonomia no seu deslocamento, o que será possível, em breve, após a total recuperação. Ele tem a impressão de que seus membros ainda fazem parte do seu corpo. Trata-se da síndrome do membro fantasma, também conhecida como 'dor fantasma', que é uma sensação do membro estar ali presente.

Piovesana tem na memória tudo o que aconteceu na manhã de primeiro de maio, quando um deslizamento de terras atingiu o restaurante dos Arcos, onde ele tinha acabado de sair para ir carregar o celular no seu caminhão. O casal proprietário deste restaurante, Rodrigo Cagol, de 32 anos e Elisa Bucco Tomasi, 22 anos morreram soterrados.

Ele diz que antes de tudo acontecer, ele conversou com diversas pessoas e depois do fato, ficava sabendo das notícias, o Rodrigo morreu, a Elisa está desaparecida, o padre Dirceu Milani morreu, entre outras vítimas.

“Eu lembro de tudo como um filme de terror”, diz Mateus. Mateus, ao ser atingido pela avalanche desmaiou. Assim que retomou os sentidos, percebeu que não conseguia se locomover, mas teve apoio das pessoas que sobreviveram. Esses sobreviventes improvisaram uma maca, com uma porta, conseguiram tirar Mateus dos escombros e o levaram até o seu caminhão, onde ficou a quarta, a quinta e até a sexta à tarde até chegar o socorro. Ele lembra de um grupo de bombeiros e de policiais da PRF que conseguiram o resgatar e levá-lo até o helicóptero dos bombeiros do Rio de Janeiro que pousou na ponte do lado de Bento e o conduziram até o aeroclube e, após, ao Tacchini.  História de inspiração em ouça a notícia

 

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