Delegado da Polícia Federal diz que vinícolas não têm ligação com trabalho análogo a escravidão
Informação foi divulgada durante entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta, em Bento Gonçalves
O delegado da Polícia Federal (PF), Adriano Medeiros do Amaral, responsável pela investigação do caso de resgate dos 207 trabalhadores baianos em situação análoga à escravidão, afirmou que as três vinícolas apontadas não têm ligação com o fato. A informação foi divulgada durante entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, 17/03, em Bento Gonçalves.
Conforme o delegado, as provas encontradas até o momento não apontam nenhuma participação das vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi no caso. “Já fizemos um levantamento do material recolhido e, até o momento, não encontramos nenhum indício de participação das vinícolas no caso análogo a escravidão. Somente um contrato de fornecimento de mão de obra realizado por uma empresa terceirizada. ”, afirmou.
Ainda segundo o delegado, a PF e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), também estão apurando se realmente haviam jornadas de trabalho exaustivas e se os casos de maus tratos sofridos pelos trabalhadores no alojamento, em Bento, têm relação com o caso.
A Polícia Federal seguirá com as investigações e ouvirá novamente os representantes das vinícolas para esclarecimento dos fatos.
Também na manhã desta sexta, a Polícia Federal, juntamente com a Brigada Militar (BM), realizou uma operação de busca e apreensão em Bento Gonçalves. Na ação denominada “Descaro”, foram cumpridos mandados em seis residências localizadas em Bento e Garibaldi.
Os policiais localizaram armas na residência de um dos investigados, cumpriram sete mandados de busca, além de apreender computadores, mídias de armazenamento de dados, documentos da empresa envolvida e telefones celulares.
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