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Pensando Bem: a minha canção

Baixar Áudio por Grasiela dos Reis

Acompanhe o programa semanal de Frei Aldo Colombo

Foto: Divulgação

O poeta indiano Rabindranath Tagore – Prêmio Nobel de Literatura - imagina que, todo o ser humano ao nascer carrega consigo o potencial de uma canção que ele pode cantar ou não. E na caminhada da vida, muitas pessoas se questionam sobre a “canção que eu vim cantar...e ainda não cantei”... É uma canção única, cujo segredo é individual. Ou será cantada por ele ou se perderá para sempre.

A vida, quase sempre, começa cheia de promessas e esperanças. A magia da canção que vai nascer nos atormenta e encanta, mas a deixamos para amanhã. Hoje é cedo demais... Assim passam os dias e os anos. Uma etapa da vida é substituída por outra e nossa canção é lembrada como desafio ou remorso. Sabemos que, se não cantarmos, será perdida para sempre. Assim poderia ter sido perdida a Nona Sinfonia, a Divina Comédia e a Pietá. Seus autores deixaram suas maravilhosas canções, definitivamente marcadas nos anais da humanidade. Eles não passaram e vão, nem se esconderam no silêncio.

Sempre arranjamos uma desculpa para empurrar para frente nossa missão. Prometemos a nós mesmos, com sinceridade: amanhã, depois do Vestibular, depois do casamento, quando conseguir a estabilidade econômica – e por fim – quando me aposentar. No leito de morte, Georges Bernanos lembrava: “sou responsável por tudo aquilo que não fiz”. Podemos levar para o além o remorso de uma canção jamais cantada, o remorso pelas divinas harmonias que afundaram no silêncio.

Na vida há fatos excepcionais que nos podem acordar do sono da omissão. Depois de insistirem que era cedo demais, agora lamentam que é tarde demais. E com isso justificam o comodismo, a mediocridade e a omissão. No alto da cruz, o bom ladrão deixou que sua melodia maravilhosa, tantas vezes sufocada, desabrochasse no desafio do perdão e da fé. O poeta austríaco Rilke afirmava: nunca se pode dizer que Deus não está num poema, antes de concluí-lo; Ele pode ser a última palavra.

É ainda Tagore que nos adverte: somos pobres demais para desperdiçar o tempo breve; vejo, porém, que a Tua porta ainda está aberta.

Frei Aldo Colombo

 

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